sexta-feira, 20 de maio de 2011

Maldição Divina - 14º Capitulo

FUTURO PRESENTE

Moglli acorda. Está claro, é dia, mais precisamente fim de tarde. Olha em volta, mas não acha os corpos. Eles devem ter saído de lá. Mas por que não fizeram nada com ele? Melhor sair de lá antes que eles voltem. Ele procura a direção do castelo e nota que a arvore que ele prendeu Logan não está ali. Repara que não é a mesma paisagem. Com certeza não está no mesmo lugar. Mas ele segue na direção que acha que fica o castelo. Começa a ver um campo aberto mais a frente. Chegando mais perto, acha estranho. O chão é muito claro. Perto do castelo era uma terra quase preta. Moglli continua na direção do campo aberto. No centro do campo branco, um grande muro, um cercado com mais de dez metros de altura. Entre Moglli e o portão meio aberto, um tronco com mais de dois metros de altura, e aparentemente com mais de vinte centímetros de diâmetro. Dois homens carregando um terceiro. Os dois vestem uma armadura muito brilhante com uma capa vermelha nas costas e uma espada larga na cintura. No peito da armadura, o que parece ser uma cruz vermelha. Templários? Será que ele voltou no tempo como os dois haviam dito? O terceiro homem estava praticamente nu. Veste apenas um calção curto. Eles prendem o terceiro homem no tronco. Seus braços são presos em algemas presas no topo do tronco. Um dos cavaleiros finca uma espada no chão perto do homem preso. Moglli chega até perto do limite da floresta e fica escondido, observando. Areia. Um enorme campo de areia com a muralha no meio. Os dois cavaleiros voltam para dentro da muralha. O portão é fechado. Os dois aparecem em cima do muro, e Moglli nota que o muro está cheio de homens armados. Quanto mais a noite chega, mais sérios os homens em cima do muro ficam. Acabou o por do sol, e a noite chega completamente. O homem preso no tronco está tão curioso quanto Moglli, apenas um pouco mais apavorado. Moglli começa a sentir um cheiro vindo do interior da floresta que vai crescendo. Vampiros. Muitos deles. E estão vindo em uma velocidade assustadora. Eles chegaram. Vieram saltando de arvore em arvore e pularam para o areião. Deus. O homem é um sacrifício. São tantos vampiros. Quando os primeiros vampiros pulão para o areião, o homem peso começa a se agitar, tentar arrancar as correntes, provavelmente para fugir. Os homens armados em cima do muro atiram incansavelmente nos vampiros. Então o homem não era um sacrifício propriamente dito. Ele era uma isca. Olhando novamente para o tronco, Moglli nota que o homem não está lá. Alguns metros para o lado está o homem, rodeado por vampiros. Ele arranca braços e cabeças dos vampiros com uma facilidade enorme. Mal parece colocar força no braço que segura a espada. O areião já está cheio de vampiros. Alguns tentando acertar o homem ali no meio, e outros tentando subir no muro. O portão se abre um pouco, e os dois cavaleiros saem e fazem o mesmo que o homem, cortam os vampiros em pedaços. Não para de chegar vampiros. Já passa de cem, e parece que tem muitos mais pra chegar. Os olhos dos três homens no meio dos vampiros estão amarelos, e eles atacam sem parar, zunindo a espada para cá e para lá. De repente, alguém agarra Moglli e joga-o no meio do areião. Moglli cai de pé, e vários vampiros vão pra cima dele. Moglli vai batendo e chutando. Quando consegue um espaço maior de tempo sem ser atacado, começa a se transformar na forma lupina. Os vampiros em volta ficam olhando pasmos para fera, mas logo voltam a atacar, em vão. Moglli distribui tapas e mordidas, fazendo os vampiros voarem para longe ou caírem no chão. Alguns sem cabeças ou braços, outros com enormes cortes no peito e barriga. Aproximadamente duas horas depois, os vampiros que conseguiram ficar vivos correram de volta para floresta. Os olhos dos homens voltam ao normal. E seus rostos perdem aquele ar de raiva. Eles ficam olhando abismados para Moglli, enquanto ele volta a sua forma humana. Os dois cavaleiros se olham, e vão na direção de Moglli, guardando as espadas.
- Não sei quem ou o que você é. Mas qualquer um que mata o tanto de vampiros que você matou merece o meu respeito e pode ser considerado nosso amigo. Prazer, meu nome é Filipe, este é o Tiago e aquele ali é o André.
- Me chamam de Moglli. Podem me dizer onde estou e o que tá acontecendo aqui?
- Sim. Vamos responder as suas perguntas, e espero que responda as nossas. Mas, vamos entrar. Não é seguro ficar aqui fora de noite. Acho que não vão voltar, mas na duvida.
Dentro da muralha, muitas casas. Uma pequena vila. Pessoas simples andando pra fora das casas, alguns poucos veículos e alguns cavalos onde seria uma garagem e estabulo. Soldados e cidadãos ficam em volta dos cavaleiros e de Moglli.
- Senhores, vocês tem o que fazer. Vou conversar com ele a sós. Eu, ele e os outros bentos. Vamos para o refeitório. Lá conversaremos sem esses espectadores.
Eles entram em uma construção térrea, com uma porta dupla e muitas janelas, todas com grades. Eles sentam em uma das grandes mesas do refeitório.
- Você começa Moglli.
- Muito bem. Eu estava em uma ilha na Grécia, quando dois seres que vieram do passado tomaram os corpos dos meus amigos e estavam usando pra eles. Briguei com eles e apaguei. Depois, acordei no meio dessa floresta ai na frente e o resto vocês já sabem.
- O que é você?
- Sou um lobisomem. E estava em dois mil e onze.
- Um Lobisomem. Se me dissesse isso há dez anos, eu não acreditaria. Bom, não sei como chegou aqui, mas agradeço a ajuda lá fora.
- Opa! Em que ano estou? O que tá acontecendo aqui? E o que são vocês? Nenhum humano comum poderia fazer o que vocês fizeram lá fora!
- Estamos em dois mil e vinte e cinco. Em dois mil e quinze, o mundo parou. O sol ficou três dias sem aparecer, panes elétricas, milhões de pessoas desmaiaram e estão dormindo até hoje. Das que sobraram acordadas, muitas viraram vampiros. Muitas pessoas morreram desde então. Depois de um tempo, os vampiros tinham destruído a maioria das formas de comunicação e mataram muitas pessoas, então criamos essas fortificações. Todas as grandes cidades foram abandonadas. Alguns dos adormecidos estão nas nossas fortificações. Mas a maioria está nos covis dos vampiros servindo de alimentação, ou perdidas nas cidades. Algumas pessoas foram acordando. Algumas delas acordaram como vampiros, outras como eram antigamente, e alguns poucos acordaram como bentos. Nós somos bentos. Somos mais fortes e mais rápidos do que as pessoas comuns. Toda vez que vampiros chegam perto, só de sentir o cheiro, ficamos loucos, incontroláveis. Atacamos todos os vampiros por perto. E só passa quando não sentimos mais o cheiro deles. O André é um desperto recente. Acordou faz alguns dias, mas fizemos alguns testes com ele para descobrir se era um bento. E ai está. É o vigésimo nono bento. Ficamos muito felizes com mais um bento despertando. Sabe, não é muito comum bentos despertarem. No Brasil inteiro só temos vinte e nove bentos vivos.
Um soldado entra correndo no refeitório gritando.
- O trigésimo acordou. Ele acordou! Estamos salvos!
- Trigésimo bento? E daí?
- O trigésimo bento é especial. Se a lenda estiver certa, estamos salvos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Maldição Divina - 13º Capitulo

PRESENTE PASSADO

Moglli volta a olhar para Tati, e os insetos estão todos mortos. Logan e Tati permanecem desacordados. Ele corre até o castelo para procurar o dono da ilha. Procura por todo canto, grita, mas não acha ninguém. Quando volta onde estavam os dois, nada. Os dois sumiram. Como um bom escoteiro que é, notou dois pares de pegadas, cada par onde estavam os dois caídos. E agora, quem seguir? Moglli resolve ir atrás de Tati. Após seguir as pegadas por um certo tempo, ele vê a Tati lá na frente. Moglli chega perto dela, e coloca a mão no seu ombro. Tati, muito arisca, vira para Moglli, da um passo pra trás, puxa uma arma e aponta para ele.
- Tati, sou eu!
Ela fica parada, olhando com uma cara de desconfiada. É estranho. É a Tati, mas não é. É o cheiro dela, mas ao mesmo tempo não é. Moglli nunca sentiu algo parecido. Talvez seu faro esteja falhando. Mas seu rosto está diferente. Uma expressão diferente. Uma firmeza que nunca viu nela.
- Você tá bem Tati?
- Estou.
- Abaixa essa arma.
Tati abaixa a arma, olha por mais uns instantes para Moglli, vira as costas e anda. Moglli fica sem entender nada, e vai atrás. Tati vira e aponta a arma novamente para Moglli.
- Chega de me seguir humano.
Moglli levanta as mãos, vira de costas e sai. Tati volta a caminhar. Moglli volta alguns metros. Uma ideia, nunca fez, mas, pode ajudar a entender o que está acontecendo. Ele começa a se transformar, mas algo novo. Uma transformação que nunca fez. Pelos crescem por todo o corpo. No rosto, um focinho cheio de dentes pontudos começa a se formar. Sua coluna mantem-se reta, sua barriga diminui, seu tórax afina. Sua cintura dobra, deixando seu corpo em noventa graus, ficando de quarto. Suas mãos e pés viram patas. Um lobo com pelos marrons e algumas poucas manchas acinzentadas e escuras. Seu olfato melhorou muito. Pode sentir o cheiro de coisas a quilômetros de distancia dali. Não somente o olfato. Sua percepção no geral aumentou. Consegue escutar um inseto voando a metros de distancia. São tantos sons e cheiros novos que ele fica um tempo parado, observando sem se mexer, sentindo a natureza. De repente ele volta a si. Precisa achar a Tati. Moglli corre até o local que ficou parado com ela. O lugar tem um cheiro forte de Tati. Ele procura, e acha o rastro dela. Começa a correr seguindo o rastro. Moglli vê Tati conversando com Logan. A mesma coisa com Logan. O cheiro diz que é ele, mas não é ele. Nessa forma ele sente algo mais forte junto do cheiro dele. Um cheiro de planta, de arvore misturado com o seu. Essa é a diferença no cheiro da Tati também. Talvez isso explique porque estão agindo estranho. Mas não ajuda muita coisa. Ele chega um pouco mais perto, mas se mantem oculto nas folhas, levanta as orelhas e escuta a conversa dos dois.
- Você achou?
- Rodei bastante e descobri que estamos em uma ilha sem habitantes. É estranho, o continente deve ter se dividido, ou então grandes porções de agua tomaram conta de toda a terra em volta daqui. Somente os locais mais altos devem estar em terra. E o seu relatório?
- Isso é trágico. A única coisa que achei foi um humano. Mas ele parecia inofensivo. Como vamos proceder agora?
- O primeiro passo é dominar aquele humano para trazer mais um dos nossos para cá. Depois vamos procurar uma forma de ir para onde vive a população deles. Só então daremos inicio ao plano original. Mostre-me onde você encontrou com ele.
- Sim, ele está pra lá.
Moglli toma certa distancia, pois eles estavam indo na sua direção. Então é isso. De alguma forma, estão usando os corpos dos seus amigos. E pretendem pegar o seu também. Isso explica o outro cheiro. Mas por que cheiro de planta? A única maneira de descobrir exatamente o que acontece é ir atrás deles. E é melhor ir rápido, antes que desistam dele e vão para fora da ilha. Apesar de não ter notado nenhuma embarcação, Moglli não viu a ilha inteira, o que torna a situação um pouco preocupante. Moglli corre até os dois. Quando vai chegando perto, volta para sua forma humana.
- Ei. Procurando alguma coisa?
- Sim, procurávamos por você. Entregue-se em paz humano, e não vai se machucar.
- Onde estão meus amigos?
- Quer saber dos donos dessas cascas? Não se preocupem, vai se encontrar com eles em breve.
- O que vocês querem com esses corpos?
- Nossa raça foi extinta. Nós vamos trocar todos nossos habitantes pelos seus, e viveremos na casca de vocês.
- Vai achando.
- Entregue-se em paz, ou sofrerá muito.
Moglli não sabe o que fazer. Pode ser que estejam mortos, então não adianta se entregar. Pode ser apenas que trocaram de corpos, mas se for verdade o que ele disse, eles estão presos no tempo. Bom, primeiro tem que prender os dois, pra depois descobrir o que fazer. Logan avança com a raiva estampada em seu rosto. Moglli desvia do soco de Logan. Será que pode acertar Logan sem machucar seu parceiro? E como prender ele? Devia ter pensado nisso antes de começar a lutar. Logan acerta um soco no estomago de Moglli e na sequencia, quando Moglli abaixa, uma joelhada no rosto de Moglli, que cai de costas no chão. Logan se aproxima e Moglli da uma rasteira. Ele levanta e tenta acertar Logan, mas leva uma solada no peito. Moglli voa, bate em uma arvore e quebra um galho de aproximadamente três centímetros de diâmetro. Antes de cair no chão, Logan segura-o pelo pescoço e começa a bater em seu rosto. Moglli segura a mão que Logan está usando para bater e com a outra acerta o rosto dele. Moglli pega Logan pelos braços, e o joga na arvore. A ponta do galho que restou na arvore entrou pelas costas de Logan e saiu no peito. Logan não se mexe. Moglli respira um pouco. Ele sente uma pancada na nunca. Olha pra trás, meio tonto. Tati está com um tronco na mão. Moglli acerta um soco no peito de Tati que voa para longe e cai, sem se levantar. Segundos depois, Moglli cai de joelhos. Sua nunca dói muito. Ele cai de bruços no chão. Seus olhos vão fechando aos poucos, até a escuridão total.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

sem capitulo essa semana

Fala galera...

essa semana não vai rolar capitulo...

eu costumo escrever no fim de semana e na segunda, nas horas vagas...

e tive uns problemas esses dias, então não consegui escrever...

mas, semana que vem, posto um capitulo na terça, e um na quinta...

por enquanto é isso...

bjs e abraços

terça-feira, 3 de maio de 2011

Maldição Divina - 12º Capitulo

PASSADO PRESENTE

Logan acorda, levanta e olha para os lados. O que vê não é nada comum. Ele está dentro de uma sala. Na verdade, uma cela. Mas não é uma prisão de concreto. Ele está no interior de uma arvore, e suas raízes formam as barras da cela. Do lado de dentro, um tronco de arvore deitado, como um banco. O chão, de terra. Além de uma pequena arvore em um canto da sala, próxima ao banco. Esta arvore tem o tronco comprido, com folhas somente no topo. No tronco, apenas dois galhos. O estranho é que ela parece que foi colocada ali recentemente. Uma ou outra raiz presa no chão, mas raízes pequenas. Do lado de fora, apenas mato. Arvores gigantescas, com folhas enormes. Chegando perto das grades, ele nota varias construções. Um tanto quanto incomuns. A maioria é como a sua cela, nas entranhas das arvores. Algumas feitas de barro. Uma verdadeira cidade no meio das arvores, literalmente. Ele coloca as mãos na grade, e começa a refletir. Como chegou ali? A ultima coisa que se lembra, é de ver a Tati cheia de baratas, Moglli correndo na direção dela, e varias baratas subindo pelo seu corpo. Bom, estava em uma ilha na Grécia. Tinha muitas arvores, mas não como essas. Uma sensação estranha nas mãos. Parece que está conectado com a arvore. Ele sente a arvore, sente a cela, as grades, como se estivesse ligado a elas. Logan olha para suas mãos segurando a grade. Não são suas mãos, são dois galhos. Seu corpo? Apenas um tronco. Do lado de fora, ele nota algo que não havia visto. Dezenas de pequenas arvores andando. Na verdade, não andam porque não tem pernas. É como se estivessem flutuando a uma distancia mínima do chão. Mas dezenas delas para lá e para cá. Ele olha para a pequena arvore no canto da sala. É como se estivesse olhando para baixo, examinando seu corpo, seus galhos. De repente, algo vem em sua mente.
- Tati?
- Logan?
- Droga, o que está acontecendo aqui?
- É você mesmo Logan?
- Sou eu sim Tati. Não sei como viemos parar aqui, nessas arvores.
- Eu sei.
A voz veio do tronco deitado. Ele rola para o lado, dobra, e fica de pé.
- Me chamo Fernando. Pelo menos era assim que me chamavam no meu tempo.
- Como assim, no seu tempo?
- Se não estou enganado, estamos no período Devoniano da era Paleozóica. A mais de trezentos milhões de anos da nossa época. De que ano vocês vieram?
- Dois mil e onze. Então, estamos no passado?
- Sim. Como já disse, me chamo Fernando, e venho de mil novecentos e oitenta e quatro.
- Como viemos parar aqui?
- Eles têm algum tipo de maquina do tempo. Pelo que entendi, eles não conseguem mandar o corpo, somente trocar a alma com de outra pessoa da época desejada. Então, eles fazem a troca. O ser fica um tempo inconsciente, e eles prendem aqui.
- Como você sabe de tudo isso? Até a época que estamos você sabe.
- Sou um historiador. Se minhas contas não estiverem erradas, estou aqui a mais de dois mil dias. Quase seis anos pela nossa contagem. E vocês, o que faziam?
- Não sei se você vai querer saber.
- Está me deixando curioso!
- Muito bem. Eu sou um vampiro, e ela uma caçadora de vampiros.
- Sei. Conte-me a verdade.
- Essa é a verdade. Pense em tudo que aconteceu e está acontecendo. Não posso ser realmente um vampiro?
- É, vendo por esse lado.
- Sabe se existe alguma forma de sairmos daqui?
- Já tentei de tudo pra sair desta cela. Não faço ideia de como conseguiríamos.
- Não. Isso acho que é mais fácil. Tu sabe como podemos voltar pros nossos corpos?
- Talvez usando a maquina. Mas não faço ideia de onde ela esteja nem se conseguiríamos opera-la.
- O que mais você sabe sobre eles?
- Não são rápidos, nem nós. Mas eles têm armas.
- Certo. Eles têm uma vantagem. Fernando, você fica aqui. Tati, você vem comigo.
- Onde você acha que vai?
- Sair daqui, onde mais?
Logan vai até a grade e procura algo. Olhando mais para a lateral do lado de fora, ele nota um guarda parado, com uma flor fechada presa em um de seus galhos. Logan coloca um braço pra fora. O guarda vai até ele. Logan fica olhando para o guarda, que olha fixamente para Logan. Tati se sente extremamente atraída por Logan, e faria tudo que ele quisesse.
- Amigo, você pode abrir isso aqui pra gente? Isso ai é uma arma? Pode emprestar pra minha amiga?
O guarda coloca o galho sem a flor na parede da cela, e as raízes se movimentam, abrindo uma passagem. Logan sai, e Tati em seguida. O guarda entrega a flor para Tati. A flor prende em um dos galhos-braços de Tati tornando-se parte dela.
- Uma ultima coisa meu amigo. Onde fica a tal maquina que pode nos levar de volta pros nossos corpos? E por que você não fica ali dentro, esperando agente voltar?
O guarda aponta para uma arvore-casa, a maior delas, entra na cela, e as raízes voltam à posição que mantem a cela fechada. Os dois vão na direção da construção apontada pelo guarda.
- Como você fez isso Logan?
- Parece que meus poderes físicos não funcionam aqui. Mas os mentais sim.
- E o que você fez exatamente?
- Posso deixar as pessoas extremamente atraídas pela minha presença, pela minha luz.
- Hum. Não é melhor agente sair do meio da rua?
- Parece que tem algo acontecendo. Estão tão agitados que nem notaram que fugimos. Eles andando pra cá e pra lá, desesperados, com cara de medo, mas nessa lerdeza. Seria cômico se não estivéssemos na mesma velocidade.
Os dois chegam perto da construção. Um barulho vem da direção dela. Dezenas dos seres armados vão na direção da arvore. Uma centopeia vinte vezes maior que eles sai de dentro da arvore quebrando o casco dela. A centopeia gigante está com uma boa parte do corpo coberta por uma gosma verde escuro. As pequenas arvores começam a atirar nela. Da flor em seus braços, sai um liquido rosa, que parece queimar quando encosta na centopeia. Ela vai furiosa na direção de quem atira nela. Alguns desses seres notaram que Logan e Tati escaparam, e vão na direção deles apontando suas armas. Eles atiram, e acertam Logan. Tati revida, atirando em alguns deles. Mais e mais deles começam a chegar. Eles vão se juntando em volta da centopeia, e outro grupo em volta de Logan e Tati. Muito ferido e quase sem esperanças, Logan resolve usar sua ultima carta, Majestade, o nível mais alto da disciplina presença. Todas as pequenas arvores param e olham para Logan, que apaga e cai no chão. Os seres ainda estão meio confusos. A centopeia voa na direção de Logan e pega ele com a boca. Os pequenos seres atiram na centopeia. Furiosa, ela balança Logan, e o joga longe, pra fora da cidade. Tati atira na centopeia. Alguns seres voltam a si e atiram em Tati. Ela revida, mas são muitos. Aos poucos, ela para de sentir seus braços, seu corpo, sua cabeça. Tudo vai ficando escuro aos poucos. Enquanto a luz vai diminuindo, as dores vão passando. Será que é o fim? Sim, ela tem certeza que é o fim!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Maldição Divina - 11º Capitulo

A ILHA

Chegando em São Paulo, um carro parado do outro lado da rua chama a atenção deles. Moglli para o carro em frente a sua casa e todos descem. Do outro carro desce Paulo, o xerife.
- Muito bem Logan. O Príncipe agradece por você ter lidado com aquele neófito.
- Legal. Ele tem mais alguma coisa pra mim?
- Na verdade, sim. Você e seus amigos causaram muito nesses últimos dias. São suspeitos por explodir uma cidade. Seus rostos estão na mídia, em todos os canais do país e de fora. Jornalistas da maioria dos canais internacionais estão aqui no Brasil por causa de vocês. E mesmo não sendo oficial, estão ligando vocês a chacina no hotel da cidade de Tatuí, uma noite após a explosão na cidade de Quadra. Nós sabemos que foram vocês. Além de ser a versão mais obvia pros jornalistas. Vocês fizeram de tudo pra chamar a atenção. O mundo está olhando pra cá agora. Tem noção de quantos caçadores vão aparecer por aqui agora?
- Na verdade, a bomba já estava lá, com um corpo morto, aparentemente um soldado do exercito. Então, a cidade iria pelos ares de qualquer forma.
- Sim, mas você acha que o exercito vai assumir essa catástrofe ou vai colocar a culpa em vocês? Seja menos ingênuo. A sociedade vampírica está um tanto quanto impaciente. E para acalma-los, devo levar sua cabeça para eles.
O xerife aponta uma arma para Moglli enquanto ele se transforma na forma lupina. Mas antes de atirar, Tati acerta um tiro na mão do xerife e Logan acerta um chute na parte de trás da perna dele, fazendo o xerife encostar um joelho no chão. Em seguida, Logan acerta um soco no rosto do xerife, e ele cai no chão. Paulo levanta dando um gancho em Logan que voa para longe, e Moglli pula e morde parte do pescoço e do ombro do xerife. Com a mão direita, o xerife segura os pelos do peito de Moglli, e com a mão esquerda acerta um soco na barriga dele. Moglli solta o xerife, e cai no chão. O xerife pega sua arma no chão e aponta na direção de Tati. Antes de atirar, ele nota um homem correndo pela rua, na direção deles. Um homem vestindo uma jaqueta de couro marrom, calça jeans, bota e chapéu de caubói. Na cinta, duas armas, uma de cada lado. O xerife, espantado com quem vê correndo ali em sua direção, desiste de Tati, aponta a arma para o homem que vem correndo, e atira. O Homem desvia da bala e coloca as mãos na cintura. Solta as travas do cinto, e retira as duas armas.
- Tati, pra dentro da casa.
- Gafa? Por quê?
- Vai logo. Avisa o Moglli pra entrar também, que vou chamar o Logan!
- Tá bom.
Tati corre até Moglli, e gafa vai até Logan.
- Moglli, vamos pra dentro agora. O Gafa que disse pra entrarmos rápido.
- Logan, pra dentro agora.
- Nem Gafa, vou resolver isso aqui agora.
- Não vai não. Aquele homem vai matar todos vocês, inclusive esse xerife. Pra dentro agora, vamos sair daqui.
- Ok, vou confiar em você agora. Mas vai ter que me explicar muito bem.
Os quatro entram na casa. Gafa leva eles para o quarto do Moglli.
- Abre essa porta Moglli.
- Isso não é hora pra isso Gafa.
- Vai, abre logo, que saco, você é preto, eu sou branco, faz o que to mandando.
- Hahaha.
- Deixa que eu abro.
Logan abre a porta. Do espelho na porta do armário, sai uma mão que agarra Logan e puxa pra dentro do espelho. Moglli e Tati alternam os olhares espantados entre o Gafa e o espelho. Alguns segundos depois, a mão aparece novamente e puxa Tati.
- E ae Gafa, quem é? O que pega?
- Vai caralho, confia em mim, deixa ele te levar daqui!
A mão volta e leva Moglli também. Do outro lado do espelho, uma vasta paisagem. Árvores de todos os tamanhos e cores, terra relativamente escura, grama fofa, e um castelo ao fundo. No local, além de Moglli, Tati, Logan e Gafa, encontra-se um homem de idade levemente avançada, com cabelos brancos do lado da cabeça, e careca na parte de cima. Magro e vestindo um manto branco.
- Muito prazer, me chamo Alex Sanders e vocês se encontram na minha ilha, a Ilha de Dokos, localizada nos arredores da Grécia.
- Legal, mas por que estamos aqui?
- Um amigo que temos em comum me contou a situação de vocês e pediu para que eu os abrigasse aqui por um tempo.
- Que amigo?
- Vocês saberão no momento certo.
- E qual a nossa situação?
- Vocês acabaram com uma cidade, e estão sendo caçados por vários seres sobrenaturais, além dos caçadores humanos. No momento que peguei vocês, um dos seres mais fortes e temidos estava lá pra matar vocês.
- Aquele caubói?
- Sim.
- Então acho que devemos agradecer vocês. A propósito, eu sou o Logan, esse é o Moglli, ela a Tati, e o transparente ai é o Gafa.
- Sejam bem vindos a minha ilha, fiquem quanto tempo precisarem. Preciso me retirar para resolver algumas coisas. Fiquem a vontade. Com licença.
- Valeu.
- Ainda bem que conseguimos fugir. Pelo visto, o xerife ia acabar com a gente.
- O xerife? Ele deve estar morto agora.
- Você acha Gafa?
- Certeza. Aquele caubói não é qualquer um, é o ceifador.
- Hahahaha. Tá falando da morte?
- Estou. Ele é o anjo da morte. O Arcanjo Miguel! O maior caçador de seres sobrenaturais do mundo. Enviado de Deus. General do exercito de anjos.
- É sério isso Gafa?
- Não Moglli, to mentindo pra vocês.
- A vá!
- Na verdade, ele não é exatamente o Arcanjo Miguel. O arcanjo foi expulso do céu, e caçou muitos seres por ai, pra compensar com Deus. Mas ele cansou disso, e colocou esse cara no seu lugar, dando muitos poderes pra ele, inclusive aquelas armas. Na verdade, o arcanjo usava uma espada. Mas de alguma forma ele transformou em duas pistolas. E pra terem noção, essas armas me acertam.
- Caraca Gafa, praticamente uma enciclopédia ambulante.
- Vocês é que são burros demais.
- Hahaha. Estamos longe dele, podemos rir agora né?
- Tá, tá. Podem rir. Agora, preciso ir.
- E eu, vou dar uma volta.
- Vai lá Tati. Até mais Gafa.
Tati começa a se afastar deles. Quando está a alguns metros de distancia, centenas de besouros e pequenas baratas saem do chão e começam a subir em Tati. Ela começa a gritar e tentar arrancar do corpo. Moglli corre até ela, mas antes de chegar perto, ela apaga e cai no chão. Ele olha para trás, e Logan também está no chão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Maldição Divina - 10º Capitulo *continuação*

- Droga, vou lá ajudar ele!
- Caraca, vai nada Moglli. O Logan se vira. Vamos pegar o carro e ir esperar ele onde combinamos.
- Tá bom. Você entra no carro, e eu empurro até virar a esquina ali.
- Beleza.
Moglli e Tati correm até o carro, ninguém sai do hotel. Tati entra no carro, e Moglli começa a empurrar. Ele empurra o carro até a primeira esquina, mas Tati não vira o carro.
- O problemática, tem que virar o volante pro carro entrar aqui na esquerda. Ele não vai sozinho!
- Putz, é mesmo!
- Que otária, só faz merda mesmo.
- A, foi mal Moglli.
Tati vira o carro, e Moglli ainda empurra por mais cem metros. Tati vai pro banco do passageiro, e Moglli assume o volante. Eles vão até o local combinado, a entrada da cidade.
- Agora é só esperar o Logan chegar.
- Relaxa Moglli. Ele chega logo!
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Logan entra em um quarto no primeiro andar e caminha até o corredor. Ninguém. Vai até o quarto que fica embaixo do que passou a manha do mesmo dia. Vê o buraco que ele mesmo fez, vai até ele, e coloca a cabeça para baixo. Vê alguns soldados e policiais lá em baixo. Ele assobia. Os soldados e policiais olham para o buraco, veem que é um dos procurados, e começam a atirar. Logan volta para o corredor, e vai para o quarto em frente. Os soldados sobem para o quarto com o chão quebrado, se preparam na frente do quarto. Um soldado abre a porta, e entram dois de cada vez, somando seis soldados dentro do quarto, e três do lado de fora. Logan abre a porta de leve e usa sua super velocidade. Da um soco com cada mão em dois dos soldados, e acerta o terceiro no rosto, desmaiando-os. Ele pega uma arma de um dos soldados, entra no quarto, e atira nos seis soldados que, pegos de surpresa, não conseguem reagir a tempo. Outros soldados sobem para o primeiro andar, e mais outros entram no hotel. Logan pega mais uma arma e pula para o quarto de cima pelo buraco no teto. Fica abaixado próximo ao buraco, com uma arma apontada para a porta do quarto de baixo, e a outra pendurada em suas costas. Um cilindro é jogado para dentro do quarto, e começa a soltar um gás branco, quase transparente. Mas Logan não respira e suas vias lacrimais não funcionam, portanto isso não o afetará. Logan atira na direção da porta, e vai mirando na parede, onde provavelmente os soldados estariam. Seus tiros varam a parede, e acertam vários soldados. Ele levanta, e caminha até a porta. Quando vai colocar a mão na maçaneta, um barulho forte, um buraco na porta, e é arremessado para a parede contraria a porta. A porta abre, e entra um homem alto, cabelos castanhos, meia idade. Ele caminha até Logan, abaixa, coloca a mão no buraco no peito dele, e em seguida, coloca a mão cheia de sangue dentro da boca.
- A, como isso é bom. Você parece ser bem velho, ou foi criado por alguém muito antigo.
- Quem é você?
- Me chamo Caiaphas Smith. Caço seres sobrenaturais a quase duzentos anos. Diga-me. Seu amigo gostou da bala de prata que coloquei nele? Aposto que ele não sobreviveu. Ou está muito ferido!
Logan nota que o homem gosta de conversar e quer se vangloriar, e aproveita para puxar conversa enquanto seu corpo se recupera.
- Como você está vivo até hoje? E meu amigo está vivo e bem.
- O sangue de vocês me mantem vivo para que eu possa completar minha jornada e acabar com todos vocês. Assim que eu acabar com você, vou cuidar dele.
- E por que tanta raiva de nós?
- Quando eu tinha quinze anos, na Inglaterra, um vampiro matou minha vizinha, e tentou me matar. Eu consegui acabar com ele, e desde então, caço vocês. Mas chega de enrolar. Você sabe rezar, vampiro?
Caiaphas desembainha a espada e caminha na direção de Logan. Já recuperado, Logan aguarda o momento certo para dar o bote. Caiaphas Levanta a espada, e depois a leva na direção do pescoço de Logan.
- Adeus vampiro.
- Acho q ainda não.
Logan usa sua super velocidade, segura a espada pelo cabo, e da um soco com a outra mão, no peito do caçador. Caiaphas vai parar no corredor. Logan caminha até ele.
- Vou ficar com essa espada, gostei dela.
Logan passa por cima do caçador, e caminha pelo corredor. Três passos dados, e Logan leva um soco nas costas, indo parar alguns metros à frente. Ele se vira, e vê o caçador de pé.
- Que força é essa?
- O seu sangue faz isso comigo. Hahahahaha
Caiaphas corre até Logan, em uma velocidade absurda para um mortal. Da um soco na cara de Logan, que desvia, e acerta outro soco no estomago do caçador. Antes de Caiaphas voar para longe, Logan segura ele, e da outro soco no seu estomago. Dessa vez, Caiaphas não levanta, fica desmaiado no chão. No corredor, aparecem dezenas de soldados, todos muito bem armados apontando para Logan. Um corredor não muito largo vai facilitar para Logan, pois eles podem ficar no máximo três, um do lado do outro. Logan usa novamente sua super velocidade e corre na direção dos soldados. Ele recebe alguns tiros, mas passa pelos soldados cortando e dando socos. Ele para no final, e olha para trás. Pelo menos cinquenta corpos no chão. Pernas, braços, cabeças e muito sangue por todos os lados, e alguns buracos em seu corpo. Logan caminha até os corpos, abaixa e começa a se alimentar.
**********************************************************
- Droga, ele tá demorando. Três horas esperando já.
- Será que aconteceu algo com ele?
- Não sei Tati, mas vou lá pra descobrir.
- Olha ele vindo ali. Eu disse, eu disse.
- E ae Logan, por que demorou tanto?
- Tinha muitos soldados. E um caçador com duzentos anos de experiência só.
- Caraca Logan, que caçador?
- A Tati, um tal de Caiaphas sei lá o que.
- Sério Logan? É um dos maiores caçadores que existe.
- Então estamos ferrados, porque ele continua vivo.
- Na boa, vamos conversar no caminho pra sampa, melhor ir embora logo daqui.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Maldição Divina - 10º Capitulo

por diversos problemas, fiquei um bom tempo sem postar...

mas, estou voltando, e postarei toda terça, provavelmente de tarde...

como é um capitulo especial, começo de 2º temporada, e volta de "ferias", vou postar agora de madruga... ^^

pretendo também postar algumas curiosidades, portanto, se tiverem duvidas, perguntem...

chega de enrolação... ai vai o capitulo...

espero que gostem...


FUGA DO HOTEL

O recepcionista olha para Logan todo queimado, e acha estranho. Após pegar a chave, Moglli sobe para o quarto. O rapaz volta a prestar atenção em sua TV. Plantão urgente essa hora da manhã? Pouco mais de sete horas da manhã. O que seria tão urgente? Nada de mais acontece nessa cidade pequena e nos arredores.
- Nessa madrugada, uma grande explosão aconteceu na cidade de Quadra, a vinte e três quilômetros de Tatuí. A explosão foi tão grande que, aparentemente, atingiu a cidade inteira. Bombeiros, paramédicos e voluntários já estão no local, procurando por sobreviventes. Ainda não temos nenhuma informação sobre o motivo da explosão. Acabamos de ser informados que o exército está a caminho. Voltaremos com mais informações.
O rapaz fica chocado e sem reação. Após alguns segundos ele volta a si, e pega o telefone.
Já no quarto, eles conversam antes de descansar.
- O quarto já ta isolado do sol Logan, mas antes de dormir, me diz uma coisa.
- O que tu quer saber Moglli?
- Por que você ainda não recuperou essas queimaduras?
- Bom, não é assim. Queimaduras de sol não consigo recuperar. Tem a ver com a maldição dada por Deus. Pra lembrar o que nosso ancestral fez.
- E o que ele fez? E que ancestral?
- Isso fica pra outro dia. Ou melhor, outra noite. Tenho que descansar, e me alimentar assim que puder.
- Ok! Vamos descansar então!
Logan deita embaixo da cama em que Tati deita, e Moglli fica com a segunda cama. Após algumas horas, Moglli acorda assustado. Levanta, olha para um lado, olha para o outro, caminha até a porta, e nada de diferente.
- Estranho!
Tati acorda e nota uma agitação anormal em Moglli. Ele caminha para cá e para lá, cheira o ar, abaixa e coloca a mão no chão, cheira o ar novamente.
- O que tá acontecendo Moglli?
- Não sei. Uma sensação estranha. Um cheiro estranho no ar!
Tati Levanta e caminha até a janela.
- Merda! Acorda o Logan!
- O que foi?
Moglli olha pela janela, e vê do lado de fora, carros de policia, caminhões do exército, um tanque de guerra, e algumas dezenas de policiais e soldados entrando no hotel.
- Droga, Logan, acorda!!!!
- O que pega? Que horas são?
- Onze horas da manhã! Temos que sair daqui agora. O exército tá ai fora!
- Legal, e como saímos daqui? Não posso com o sol, lembra?
- Putz, e agora? E se você se enrolar nos lençóis e eu te carregar?
- Claro, e passar no meio deles carregando um defunto todo enrolado de cobertas.
- É, não rola!
- Chegaram. Escuto muitos passos no corredor!
- E agora?
- Os passos pararam. Eles vão entrar a qualquer momento!
Moglli começa a mudar para a forma lupina, Tati destrava uma das suas armas. Logan olha para o chão, fecha o punho, e da um soco no piso. O chão sede, e um buraco abre para o quarto de baixo. Tati e Moglli olham abismados para Logan. Ele pula, e os dois vão na sequencia. Logan repete a estratégia. Quebra o chão, e pula para o próximo nível. Ele cai no saguão do hotel. Policiais e soldados apontam suas armas para ele. Na sequencia, Moglli pula, rosna e logo em seguida grita. Um grito grave e longo, com baba voando de sua boca. Os policiais e soldados olham para Moglli com cara de espanto. Uns caem sentados, outros desmaiam, e os que ainda têm forças, correm disparados para todos os cantos, pra longe do monstro a sua frente. Alguém atira. Moglli cai no chão. Logan da um soco no chão, ele quebra, mas não abre um buraco. Um barulho de uma arma engatilhando. Logan usa sua super velocidade, da outro soco no chão, pega o Moglli e a Tati, e pula para o buraco. Mais um tiro, mas desta vez, Logan foi mais rápido!
Após correrem alguns quilômetros pelo esgoto da cidade, Logan resolve parar.
- Vamos dar uma olhada no Moglli!
- A bala atravessou o peito dele, mas ele está respirando. Vai precisar descansar um pouco. E você também precisa descansar Logan. Eu fico acordada, de olho!
- ok, valeu Tati!
Sete horas da noite, Logan acorda. Moglli já está acordado, e Tati dormindo. Logan nota que o buraco da bala no peito de Moglli ainda está aberto, mas não sangra mais.
- E ae Moglli, tá melhor?
- Ainda dói, e não consigo curar isso. Mas estou bem melhor já!
- Vamos fazer o que agora?
- Voltar pra são Paulo?
- Temos que pegar o seu carro!
- Deve tá cheio de gente perto do carro, isso se o carro ainda estiver lá!
- Vamos até lá olhar, vai que ainda tá lá!
- Mesmo que esteja, o que pretende fazer?
- Pensei em distrair eles, vocês pegam o carro, e nos encontramos na entrada da cidade!
- Você viu o tanto de armas que eles tem?
- Velho, sou um vampiro, um corpo morto com super velocidade e super força! Não é porque eles têm umas arminhas, que vão me matar!
- Então tá! Acorda Tati! Vamos embora desse lugar!
Os três voltam pelo esgoto até próximo do hotel e sobem pra rua. Ficam parados a uma certa distancia do hotel, e notam que o carro continua lá, cercados por policiais, soldados, e homens de terno. Logan se despede dos dois, caminha sorrateiramente até a lateral do hotel, escala a parede, e entra no primeiro andar. Alguns minutos depois, gritaria, tiros vindo de dentro do hotel. Muitos homens correm para dentro. Depois de algum tempo, todos os outros entram, inclusive um homem com um sobretudo marrom escuro, com uma espingarda na mão, e uma espada nas costas!