sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Maldição Divina - 9º Capitulo *continuação*

- Caraca Tati. O que você faz aqui?
- Vim atrás de vocês ué.
- Mas como sabia que estaríamos aqui?
- Logan, isso ta doendo muito.
- Droga. Precisamos de um lugar pro Moglli descansar.
- Vamos até uma daquelas casas.
- Sim. Depois, você vai me explicar tudo.
- Seu ridículo. Você também tem o que explicar.
No segundo andar de uma casa, Moglli deita em uma cama. Logan e Tati ficam próximos a janela, observando a rua. Tati quebra o silencio.
- Eu achei que você estava realmente morto. Você sabe o quanto nós sofremos com isso?
- Eu imagino. mas foi complicado pra mim também.
- Um vampiro. Por que um vampiro?
- Não foi exatamente uma escolha minha. Não tive tempo pra pensar nem nada. Ou era isso, ou ia no meu enterro de verdade.
- Não sei o que é pior.
- É. Também to feliz em te ver. Mas, como e por que?
- Eu tava indo na casa do Moglli, vi você entrando junto com ele. Segui vocês um outro dia, e confirmei. Desde aquele dia, tenho visto vocês toda noite.
- Por que não procurou a gente?
- Porque eu tava criando coragem pra matar vocês.
- Como?
- Sou uma caçadora droga. Passo boa parte do tempo caçando pessoas como vocês. Geralmente vampiros. Mas acabei encontrando alguns lobisomens pelo caminho já.
- Mas, desde quando isso?
- Desde muitos anos, quando um de vocês matou meu pai.
- Eu não sabia.
- Ninguém sabe.
- Achei.
- Até que enfim Gafa.
- Gafa? Mas... Você também?
- Eu também o que? Não fui eu. Foi o Moglli. Olha a cor dele.
- É Tati. Um fantasma. Gafa, onde ta essa minhoca?
- Lagarta.
- Da na mesma.
- Não da não.
- Ta. Me diz onde ela ta.
- Em um galpão, em uma fazenda próxima.
- Gafa, você me leva até lá. Tati, você fica aqui cuidando do Moglli.
- Você também precisa descansar Logan.
- Que nada. To morto, lembra?
Logan salta pela janela, e pede uma direção. Gafa vai na frente.
- É aquele galpão ali.
- Beleza. É só pisar nela e sair fora.
Entrando no celeiro, Logan vê casulos espalhados pelos cantos, um buraco de aproximadamente um metro no telhado, e uma minhoca gigante, com uns sete ou oito metros, extremamente gorda.
- Acho que não vai ser só pisar não.
- Por que você não me avisou antes?
- Porque você não perguntou.
- É isso ai Gafa.
A lagarta abre a boca. Com sua língua, alcança um corpo caído próximo ao seu. Ela fura a cabeça do corpo, que começa a falar.
- Terráqueos. Curvem-se diante um ser supremo, ou morram dolorosamente.
- Você e mais quantos vão me matar.
Ela puxa o corpo e engole ele inteiro. Solta um rugido alto e extremamente agudo. Os casulos começam a se romper. Lagartas com mais de dois metros saem de dentro dos casulos.
- Que boca né? Bom, tenho que ir ali. Já volto.
A lagarta solta outro rugido, mais curto, e os filhotes de lagarta correm em direção de Logan. Usando sua super velocidade para desviar. Ao dar um soco em uma delas, Logan leva um choque na mão. Pensando melhor, ele corre para fora do celeiro. As lagartas correm atrás. Logan entra na casa, e procura algo na sala, na cozinha. Vai até a garagem, e acha o que procurava. Um facão. Volta para fora da casa. As lagartas chegam. Desviando e cortando, ele vai abrindo caminho até o celeiro. Ainda restam muitas lagartas menores, e a rainha. Logan corre para dentro do celeiro. A Lagarta rainha caminha em sua direção. Logan se prepara para pular e enfiar o facão. A rainha pega Logan com a língua, e arremessa para fora do celeiro. As lagartas pulam em cima de Logan, dão choques e mordem. Muitas delas em cima de Logan. O peso começa a diminuir. Logan vê uma garra cortando as lagartas. Escuta tiros. Moglli e Tati chegaram para ajudar.
- Moglli. Vocês dão conta delas?
- O que você acha?
- Então, me joga pra cima do celeiro.
- Vê lá o que você vai aprontar em.
Moglli pega Logan e joga para cima do celeiro. Logan vai até o buraco feito pela queda da lagarta, e pula, em cima da rainha. Caindo com o facão, abrindo vários cortes nela. A rainha tomba. Dali de cima, Logan vê um corpo em um canto, vestindo roupas do exercito. Ao seu lado, uma maleta aberta, com uma pequena luz vermelha piscando. Logan caminha até a maleta. Observa melhor. Dúzias de dinamite e um contador. Três minutos, e alguns segundos. Logan corre para fora do celeiro.
- Moglli, Tati, vamos. Rápido.
- Mas ainda tem um monte delas aqui.
- E tem uma bomba lá dentro. Corre.
Os três correm para o carro. Moglli da partida, o sol começa a aparecer. Moglli acelera para o mesmo hotel q ficaram antes, na cidade de Tatuí. O Sol já está inteiro no céu. Logan, queimando, corre para dentro do hotel. Moglli pede um quarto, enquanto Logan corre para cima.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Maldição Divina - 9º Capitulo

ZUMBIS

Em casa, depois do banho, Logan começa a sentir falta de algo. Algo que deveria ter acontecido. Não. Alguém que deverias estar ali.
- Caraca. Moglli, cadê o Gafa?
- Sei lá. Faz tempo que não vejo ele.
- Desde ontem.
- Vai ver ele viu a luz e foi.
- Será?
- Acho que sim.
- Gafa?
- Oi.
- Onde você tava? Por que sumiu?
- Eu tava conversando.
- Com quem?
- Com outros fantasmas.
- Que fantasmas?
- Um totem de uma tribo de lobisomens.
- Como assim, totem?
- Você devia saber disso Moglli. Se bem que você não vive em uma tribo. Eu vou ajudá-lo.
- Me explica isso direito.
- Calma, deixa eu falar.
- Explica sobre o totem.
- Caramba. Cara chato. Deixa eu falar.
- Fala.
- Eu vou ajudá-lo.
- Você já disse.
- Meu. Da pra parar de ser tão chato?
- ...
- Então. Ele me pediu pra ajudar a resolver um problema.
- E você vai precisar da gente pra isso né?
- Exato. Lá na cidade de Quadra, caiu um meteorito em um armazém. É uma cidade bem pequena. Menos de três mil habitantes. Esse meteorito trouxe uma espécie de lagarta. Ela se multiplicou sei lá como e ta crescendo muito. As larvas filhotes estão acordando os mortos. Os defuntos estão levantando. Também ta transformando o povo da cidade em zumbis.
- Como você sabe de tudo isso Gafa?
- O fantasma me disse. Cara chato.
- Eu vou olhar no mapa como chegar lá. Moglli, melhor abastecer o carro.
- Já vou. Gafa, me diz sobre esse totem.
- Não.
- Por que não?
- Você ta muito chato.
- Valeu.
- De nada.
Depois de abastecer o carro e ver qual a melhor rota, os três vão a caminho da cidade de Quadra pela Rodovia Presidente Castelo Branco. Depois de pouco mais de duas horas de viagem, eles resolvem parar na cidade de Tatuí, que fica á vinte e três quilômetros de Quadra. O dia vem chegando, e Logan precisa de um lugar para descansar. Param em um hotel na Praça da Matriz, chamado Hotel Del Fiol. Após um descanso, as dez horas da manhã, Moglli levanta e resolve dar uma volta. Uma cidade pequena, mas com alguns pontos turísticos interessantes. Praça do Museu, Estação Experimental, Mercado Municipal, algumas capelas e igrejas, alem de muitas praças. A energia emanada pela cidade é muito boa, revigorante para Moglli. Sete horas da noite, e Logan levanta. Pagam a conta e voltam para o carro. após aproximadamente trinta minutos, chegam a cidade de Quadra. A cidade é menor do que Tatuí. Está aparentemente deserta.
- Gafa, procura essa tal lagarta pra gente. Depois que achar, avise-nos.
- Beleza.
- Vamos dar uma volta Moglli. Ver o que achamos por aqui.
Gafa some, e os dois caminham pela entrada da cidade. Encontram carros batidos, janelas quebradas, mas nada da população. Moglli escuta um barulho vindo de dentro de uma casa. A dupla olha pela janela quebrada. Um homem de quatro no chão, mordendo alguma coisa. Olhando mais atentamente, os dois vêem o que é. Um braço. Logan solta um suspiro de susto. O homem vira rapidamente o rosto, e vê os dois parados na janela. Ele levanta e caminha lentamente até a janela. Os dois se afastam.
- Deixa ele. Vamos continuar andando.
- E aí Logan. É só um zumbi.
- É. Mas lembra o que o Gafa disse? As larvas dominaram as pessoas vivas também. Temos que dar um jeito de salvar quantas pessoas conseguir. Vamos matar a larva rainha e deixar esses ai vivos. Deixa ele ai. Parece q ele vai demorar pra conseguir sair dali.
- Pode crer.
Eles voltam para a rua e olham ao redor. Dezenas de zumbis caminhando na direção deles.
- E aí Logan. Ainda acha que não devemos acertar eles?
- Olha. O Cemitério deve ser por ali.
- Legal. Olhou na bússola?
- Não, idiota. Olha o estado dos corpos... dali vem mais zuados que das outras direções.
- E o que você acha que devemos fazer? Bom pensar rápido. Eles são lerdos mas tão chegando.
- Corre na direção deles e vai trombando.
- De gênio em?
- Valeu. Agora, Corre.
Eles correm e começam a trombar nos zumbis, jogando eles para os lados abrindo passagem. Sendo agarrados por alguns, que acabam dificultando a corrida. Socos, tapas e chutes para todos os lados. Chacoalhando os braços para se livrar dos zumbis, ficando com varias feridas por toda parte dos seus corpos. Para todos os lados e ruas que olham, inúmeros zumbis vindo. Escolhendo sempre a direção com mais zumbis em decomposição, eles chegam no cemitério. Entram e conseguem descansar um pouco.
- Cara, ta difícil assim.
- Complicado não poder machucar. Mas é o mais certo a se fazer. Pelo menos eu acho.
- Essas feridas estão doendo pra caramba Logan.
Menos de cinco minutos parados lá dentro, eles vêem os zumbis vindo por todos os lados. Quando se levantavam e pensavam no que fazer, braços surgem por debaixo de seus pés e agarram suas pernas. Os outros zumbis cada vez mais perto. Poucos metros separando os zumbis dos dois. Não resta alternativa, se não atacar. Dão socos nos zumbis que estão segurando suas pernas. Mal livraram suas pernas, os outros zumbis já estão em cima, pulando, batendo e arranhando. O cerco se fechando cada vez mais. Cada segundo, mais zumbis em cima da dupla. Já cansados, a velocidade dos movimentos diminuem. Mais e mais feridas são abertas, agora maiores que antes. O cansaço aumentando. Quase desistindo, eles escutam um tiro, e vêem um zumbi caindo. Mais um tiro, outro zumbi. Olham e vêem a mulher com um capacete de moto em cima de um muro. Ela atira sem descanso, enquanto os dois continuam batendo. Depois de alguns minutos de peleja, vários corpos pelo chão, varias feridas pelo corpo, a fadiga afeta os dois. Nenhum zumbi em pé por perto. A mulher aproxima-se dos dois e tira seu capacete. Os dois dizem juntos.
- Você?

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Maldição Divina - 8º Capitulo

ENFRENTANDO OUTRO VAMPIRO

Logan acorda e vê Moglli sentado no sofá. Ele lhe entrega uma carta.
- Tava lá na garagem. Acho que é pra você.
- Eita. Ninguém sabe que eu to aqui.
- O Príncipe sabe.
- É mesmo. Vamos ver.

“Logan, eu poderia ligar ou mandar um e-mail, mas não gosto muito de tais meios de comunicação. Em breve você receberá um celular, para uma eventual comunicação quando estiver fora ou não puder receber minhas cartas por qualquer motivo. Fique sossegado. Não ficarei te ligando a todo minuto. O senescal ligará somente quanto houver necessidade. Gostaria que destruísse essa carta após ler e resolver o problema. São informações relevantes demais para qualquer um ler. Vamos para o que interessa. À alguns dias, um vampiro recém transformado está se alimentando e deixando corpos, aparecendo em publico, e quebrando varias outras regras. É algo realmente difícil de limpar, o que acaba atraindo muitos caçadores para nossa cidade. Entenda que, aparência não é algo que ele tenha. Ele chama mais atenção que um leão solto em um zoológico. Portanto, você deve achar e destruir o membro. Tome cuidado. Ele não sabe o que é exatamente nem respeita nossos costumes, por isso é muito perigoso. Para ter certeza que o destruiu, arranque sua cabeça e deixe seu corpo para queimar no sol. Você já devia saber disso, mas, não custa nada dizer novamente. Ele deve estar na região da sua antiga casa, que fica na Vila Prudente, nos arredores do shopping Central Plaza. Não vai ser difícil ter certeza que é ele. Como já comentei, sua aparência não á das melhores. É das piores, se é que me entende. Seu nome é Paulo.

Boa sorte.

Ass.: Antoine Boucher”

- O que acha Moglli?
- Pelo menos é um vampiro, não é um ser e Gaia.
- Hahahahaha.
- Te ajudo. Dormi a tarde inteira mesmo.
- Borá pra lá então.
Eles deixam o carro no estacionamento do shopping e ficam parados na rua. Atrás do shopping tem varias fabricas. Do outro lado da avenida, uma favela.
- E agora? Onde começamos?
- Ali nas fabricas ou na favela?
- Na favela eu acho mais fácil conseguir informação.
- Onde você ficaria? Afinal, vocês devem pensar mais ou menos igual.
- Eu ficaria em uma das fabricas, e me alimentaria na favela.
- Vamos pra favela então.
Os dois entram na favela, e observam as pessoas. A maioria olha meio torto para eles.
- Por favor. Escutei que aqui estava acontecendo algumas coisas estranhas.
- Quem são vocês?
- Somos da ASPET. Associação de Pesquisas Extraterrestres. Gostaríamos de verificar a veracidade dos fatos, pra saber se estamos tratando com extraterrestres.
- Velho, muita coisa tem acontecido. Pessoas sumindo, corpos sem sangue. Tem gente que diz que viu o ET.
- Pode nos levar até alguma dessas pessoas?
- Chega ai.
Enquanto o rapaz mostra o caminho, os dois acompanham alguns paços para atrás.
- De onde tirou essa idéia de ASPET Moglli?
- Sei lá. Inventei.
- Foi boa.
- Maria. Esses dois homens são de um bagulho de ET. Querem falar com você.
- Olá. Somos da ASPET. Associação de Pesquisas Extraterrestres. Pode nos dizer o que você viu?
- Olha moço. Eu até digo, mas não vai tirar sarro da minha cara né?
- Senhora, estou com cara para brincadeiras?
- É. Não. Bom, Eu tava ali perto da avenida, conversando com um amigo, e vi o ET em cima de um barraco. Ele olhou pra mim com os olhos vermelhos e depois pulou pra dentro do rio.
- Como ele era?
- Seu moço. Ele era feio pra diabo.
- E ele pulou de cima do barraco pra dentro do rio? Pulou as 3 faixas da avenida?
- Foi.
- Pode nos mostrar o barraco?
- Claro. Foi aquele ali.
- E qual a direção que ele pulou?
- Mais ou menos na direção da ponte que tão construindo.
- Muito obrigado dona Maria.
- De nada seu moço.
- Vamos até o barraco Moglli?
Chegando no barraco indicado pela mulher, Logan ajuda Moglli a subir.
- Você pode tentar pegar o cheiro dele?
- Tem muito cheiro diferente aqui. Espera. Acho que peguei. Tem o mesmo tom de podre que você.
- Vou levar isso como um elogio. Vamos para o rio agora.
Atravessando a avenida, eles observam o rio do outro lado do muro.
- Moglli. Ta vendo aquele cano ali?
- To sim. O que tem ele?
- Ta vendo umas pegadas dentro dele?
- Como você notou aquelas pegadas ali?
- Depois te explico direitinho meus poderes.
Eles pulam para dentro do rio, e caminham na direção da tubulação. Moglli abaixa e cheira uma das pegadas.
- É ele mesmo.
- Bingo.
- Da pra sentir o cheiro dele daqui. Deve estar por perto.
Caminhando pelo encanamento, seguindo o cheiro, eles avistam um ser parado antes da curva. Ele corre na direção dos dois. Escancara a boca mostrando os dentes e soltando um rugido. Logan faz o mesmo. Moglli começa a se transformar. Logan se esquiva de um soco usando sua super velocidade e acerta o vampiro no lado esquerdo do peito. Ele parece não sentir o soco e acerta a cabeça de Logan, que é jogado alguns metro pro lado, batendo na parede da tubulação e desmaiando. Paulo olha para o lado e não consegue evitar um tapa dado pelo lobisomem. Ele levanta com três cortes profundos no rosto, e parte para cima do lupino, que desvia, passa por traz dele, e morde seu ombro. Moglli arranca o braço esquerdo do vampiro. Ele urra de dor, e tenta novamente acertar o lobisomem. Moglli segura o braço direito do vampiro, e puxa para perto, mordendo sua cabeça. Logan acorda a tempo de ver o vampiro cair no chão.
- Caraça. Que estrago você fez nele Moglli. Vamos até o fim desse túnel. Deve dar em alguma daquelas fabricas.
Moglli Volta a forma humana e ajuda Logan a carregar o corpo. Na fabrica, eles arrancam a cabeça do vampiro, e levam os restos até o telhado. Largam lá o corpo e suas partes e voltam para o estacionamento do shopping. Já na rua, eles avistam a silhueta de uma mulher parada, olhando na direção deles. Eles correm até ela, mas a mulher sobe na moto e vai embora.
- Droga. Todo lugar agora vai ter alguém observando agente?
- Eu já senti esse odor. Só não lembro onde.
- Eita. Bom, vamos pra casa. Ficar aqui parado no meio da rua não vai mudar nada. Alem do fato de que estamos fedendo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Maldição Divina - 7º Capitulo

A SOCIEDADE ESCONDIDA

Depois que Moglli se alimenta, os três sentam e começam a discutir sobre o que fazer para Gafa completar sua jornada. Tentam entender o que segura o espírito dele por aqui. Qual o motivo para ainda estar aqui.
- Tem alguém lá em cima.
- Como você sabe Gafa?
- Sei lá. Eu sinto isso.
- Eu vou olhar. Não deve ser nada. Pode ficar aqui na boa Moglli.
- Beleza.
Logan vai para o corredor do lado de fora da casa, e vê um homem parado na escada. Moreno, aproximadamente dois metros de altura, com varias cicatrizes no rosto, cabelo raspado. Veste um colete a prova de balas por baixo de um sobretudo preto, calça preta e sapato social.
- O que você quer aqui?
- Você vem comigo garoto. O príncipe ficou sabendo dos seus atos, e quer ter uma conversa amistosa com você.
- Príncipe? Obrigado, eu dispenso.
- Você vai, nem que seja a força.
- Não tenho nada pra falar com ele.
- Foda-se. Ele quer te ver. Vou ter que te arrastar?
Logan usa sua velocidade vampirica e da um soco no rosto do invasor. Ele abaixa e da um soco no estomago de Logan, que rola pela escada, batendo na casinha da Pandora. Moglli escuta o barulho e sai correndo. Vê o homem na escada e Logan no chão. O homem desce, levanta Logan pelo pescoço e aponta uma espingarda na direção de Moglli.
- Balas de prata lupino. Nem tente. Ele vai comigo. Se ele se comportar, talvez volte inteiro.
- Eu vou junto.
- Não mesmo. Você pode ser amigo dele, mas, não é nada para os membros.
- Grrrrr.
- Quer tentar também?
- Relaxa Moglli. Eu vou numa boa.
-Ótimo. Agora, abre o portão. Vamos sair pela frente mesmo.
Moglli abre o portão. Logan e o estranho saem da casa e entram em um carro parado na frente da casa. O carro passa por algumas avenidas importantes, e entra em um estacionamento de um prédio na avenida paulista. Eles descem do carro e vão até o ultimo andar usando o elevador. O andar inteiro é uma só sala, com quadros enormes nas paredes, uma pequena mesa de centro, uma mesa de escritório bem antiga, uma cadeira atrás da mesa, e um homem com um terno de ultima moda, cabelo curto, de costas, olhando para fora pela ampla janela. Ele vira para Logan. Seus olhos são de uma tonalidade azul ilusória, como o aço.
- Seja bem vindo ao Principado membro.
- Obrigado.
- Espero que você tenha se dado bem com o xerife.
- É. Não foi tão ruim assim.
- Muito bem. Deixe-me apresentar. Sou o príncipe Antoine Boucher e este é o xerife Paulo. Creio que você seja um novo membro, e não está muito familiarizado com nossos costumes. Está cidade é da camarilla. Uma sociedade mundial que visa o bem dos vampiros. Muita coisa aconteceu na antiguidade, e não queremos ser caçados novamente, por isso, temos algumas regras que eu prefiro chamar de costumes. Eu digo o que é certo ou errado, e o xerife faz as regras serem cumpridas. São muitos os membros nessa cidade, e não é nada fácil controlar isso. Um dos costumes é sempre que quiser criar um novo vampiro, deve pedir minha autorização. Depois de ter a autorização, o membro deve apresentar sua cria a mim. Isso não aconteceu com você. Outro costume é se apresentar ao príncipe, sempre que chegar na cidade. Algo que você também não fez. A regra mais importante diz que não podemos mostrar aos humanos que existimos. Não mostrar para ninguém que você é um vampiro, não usar seus poderes, que nós chamamos de disciplinas, em publico, não deixar corpos sem sangue jogados por ai. Sim, eu ando observando você e seu amigo lupino. Você cometeu alguns erros perante nossa organização, e deve ser punido. Eu posso convocar uma caçada de sangue em seu nome, onde todos os vampiros da cidade caçaram você e seu amigo. Porem, andei escutando algumas coisas sobre vocês, e, como não conhecia os nossos costumes, vou deixar passar, contanto que você não tente nada contra nós, e faça alguns favores para mim, ocasionalmente. O que me diz?
- É algo realmente tentador. Deixa eu ver se entendi. Tenho duas opções. Servir você, ou morrer.
- Exato.
Logan olha em volta, pensando nas possibilidades. Talvez consiga sair dali antes de ser acertado. Mesmo que o acertem, poderia fugir com alguns ferimentos. A janela está longe. O xerife está muito perto. Melhor abaixar a cabeça por enquanto.
- Tudo bem. Eu te ajudo. O que preciso fazer para você?
- Por hora, nada. Vá para casa e aproveite o resto da noite. Amanhã você terá o que fazer.
- Muito obrigado vossa majestade.
- Por favor. Príncipe é somente um nome. Um cargo. Não requer tal cordialidade. O xerife dará uma carona para você. Foi uma conversa muito agradável.
O príncipe volta a olhar pela janela. Logan sai do prédio acompanhado pelo xerife, e é levado para casa. Chegando lá, ele conta para Moglli e Gafa toda sua conversa com o príncipe.
- Por que você disse que vai trabalhar pra ele?
- Moglli, eu não tinha saída. Vamos fazer assim por enquanto. Serve como experiência pra gente. Não temos como enfrentar outro ser sobrenatural ainda.
- Pode crer. Você apanhou bonito do xerife.
- Pelo menos eu tentei. Não esperava que fosse um vampiro, muito menos o xerife.
- Não interessa. Apanhou.
- Valeu o apoio Gafa.
- Hahahaha.
A chegada do alvorecer força Logan a ir para seu canto e ter o sono mágico, e Moglli volta para a cama. Gafanhoto desaparece, indo para um lugar ainda desconhecido. Em quanto isso, bem próximo da casa, alguém senta na calçada.
- Droga. Não pode ser eles. Será que era realmente o Logan? Tomara que não.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Maldição Divina - 6º Capitulo *continuação*

*CONTINUAÇÃO*

- Certo. Por onde começamos?
- Você viu a matéria Moglli. Viu qual o carro?
- Vi nada. Quando mostrou na TV, o carro nem o cara estavam lá. Quando vi a casa e a foto do Gafa, nem escutei a matéria direito. Tava saindo pra ir até lá. Mas achei melhor te esperar.
- Vamos até a delegacia. Acho melhor você ficar por aqui Gafa.
Chegando na delegacia, Logan e Moglli procuram pelo delegado. Uma policial indica uma sala. A sala é um escritório típico. Com um arquivo em um canto, uma mesa com alguns papéis espalhados, um computador, duas cadeiras em frente a mesa e alguns quadros na parede com diplomas. O homem sentado do outro lado da mesa é careca, com um bigode cheio, relativamente gordo, com suor na cabeça.
- Com licença. O senhor é o delegado?
- Sim. Delegado Wilson. Sentem-se.
- Obrigado.
- Em que posso ajudar?
- Nosso amigo foi assassinado, e gostaríamos de saber o que aconteceu com o cara.
- Não é uma informação que eu posso dar para qualquer um amigos.
Logan olha para o delegado e da um sorriso de leve. Moglli olha espantado para Logan, depois para o delegado. Um sorriso aparece no rosto do Delegado.
- Tudo bem garoto. Me diz o que aconteceu e onde, que eu vejo o que foi feito com o criminoso.
- O cara entrou com o carro na garagem e atropelou meu amigo.
- Já sei. Não aconteceu nada com o delinqüente.
- E você pode me arrumar o endereço dele?
- Poxa garoto, não posso.
- Faz uma força vai. Ninguém aqui tá vendo.
- Ai ai ai. Tá legal. Toma aqui. Esse é o endereço dele.
- Valeu delegado.
- Agora sumam daqui.
Os dois saem da delegacia e entram no carro. Moglli não liga o carro.
- O que foi Moglli?
- O que foi aquilo?
- Aquilo o que?
- Lá na sala do delegado, me senti magnetizado por você. Qualquer coisa que você dissesse eu concordaria e faria. Nunca me senti assim antes.
- Hahahahaha.
- Não ri. É sério. Tive que me segurar pra manter o foco.
- Eu não pretendia afetar você também. Ainda não manjo muito controlar.
- Explica melhor.
- Fascínio. É uma das coisas que posso fazer os outros terem por mim.
- Poxa. Legal.
- Bem legal. E bem útil também. Agora, vamos fazer uma visita para nosso amigo?
- Não sei.
- O que foi agora?
- Não acho justo matar pessoas.
- Não foi nada justo ele fazer o que fez.
- Eu sei. Mas, sei lá. Não acho que temos que matá-lo.
- Vamos até lá, ter uma conversa com ele pelo menos.
- Tá legal. Vamos. Mas eu vou ficar no carro.
Após alguns poucos minutos, os dois chegam no endereço que o delegado deu. Logan toca a campainha. Um rapaz de uns vinte e poucos anos atende a porta. Logan empurra o rapaz para dentro, que cai no chão .Entra e fecha a porta.
- Vamos conversar garoto.
- Quem é você?
- Eu faço as perguntas aqui. Por que atropelou meu amigo?
- Eu não atropelei ninguém.
O rapaz rasteja até um móvel, abre uma gaveta e puxa uma arma. Ele vira e aponta a arma para o intruso. Dá um tiro que acerta a barriga do homem. Logan olha para o buraco, coloca a mão que se enche de sangue.
- Querendo mais uma morte para seu currículo? Você não tem noção de como isso dói.
Usando sua velocidade vampirica, Logan se aproxima do rapaz e o segura pelo pescoço. Chega bem perto do rosto do rapaz, e deixa seus dentes pontudos a mostra.
- Me diz. Por que invadiu aquela garagem com o carro?
- O que é você?
- Responda minha pergunta.
- Eu sei lá. Tava chapado.
- Você tem noção? Matou meu amigo Gafa.
- Chamou?
- Eita Gafa. o que faz aqui?
- Você acabou de me chamar.
- Não chamei. Bom, o Moglli tá lá no carro. Fica lá com ele.
- Ok.
- O que são vocês? Me solta.
- Claro.
Logan solta o pescoço do rapaz, que cai no chão. Logan segura os ombros do rapaz e morde seu pescoço. Após saciar sua sede, larga o corpo caído no chão. Pega a arma e coloca na cintura. Olha na gaveta em que o rapaz pegou a arma, vê uma caixa de munição. Pega a caixa e volta para o carro.
- Logan, eu escutei um tiro. Você tá bem?
- To sim. Vagabundo atirou em mim. Mas já acertei com ele. O Gafa pode ir descansar em paz agora.
- Você matou o cara?
- Ele matou o Gafa.
- E daí?
- Ele atirou em mim. Falando nisso, o Gafa não apareceu por aqui?
- Não, por que?
- Eu disse o nome dele lá dentro, ai ele apareceu. Mandei ele esperar no carro.
- Aqui ele não apareceu não.
- Então acho que deu certo.
- Não deu não. Eu to aqui ainda.
- Caraca. Não deu certo. E por que não apareceu quando eu disse seu nome aqui no carro?
- Porque você não me chamou.
- Eu mereço.
- Hehe.
- O que fazemos agora? Não faço idéia do que fazer com relação a isso.
- Nem eu.
- Alguma idéia Gafa?
- Não.
- Então vamos pra casa. Eu to com fome.
- Eu não. Já me alimentei.
- Nem me lembra. Ainda não acho certo isso.
- Velho, eu preciso me alimentar. Ainda mais quando estou ferido.
- Ta legal. Mas vou demorar pra me acostumar com isso.
Enquanto eles voltam para casa, alguém entra na casa do rapaz que foi morto por Logan. A pessoa entra, olha em volta, vai até o corpo, coloca a mão no pescoço dele.
- Droga. Cheguei tarde.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Maldição Divina - 6º Capitulo

ASSUNTOS INACABADOS

- Acorda ai.
- Hã?
- Vai me dizer q dormiu o dia todo também.
- Nossa, acho que cochilei.
- Fez o que de dia?
- Deu uma fome. Você não vai acreditar o que eu comi.
- Ultimamente, tenho acreditado em tudo.
- Sem graça. Abri a geladeira, e tinha muita coisa. Nada que me desse vontade de comer. Vi um pedaço de picanha, que era pro churras do fim de semana, e me deu uma vontade de comer. Tava indo pra churrasqueira, e sei lá, sentei na escada, e comi a carne crua mesmo.
- Eita. Então não sou o único com gosto estranho pra comida. Se bem que, não é tão estranho. Já era de se esperar. Um vampiro, sangue. Um Lobisomem, carne crua.
- É. Nem tinha pensando nisso. Putz, vem comigo.
- Ok. Pra onde?
- No caminho te explico.
Os dois saem de casa, e entram no carro de Moglli. Um golzinho verde escuro. Moglli dirige até a Mooca, e explica para Logan o que aconteceu.
- Eu tava vendo TV hoje, e falou sobre um acidente na Mooca.
- Ai caraca.
- Um cara devia estar chapado, correndo com o carro, perdeu o controle, e entrou na garagem de uma casa. O Gafa tava brincando com o Gafinha. O Carro acertou em cheio o Gafa.
- E como ele ta?
- Mais gelado que você.
- Não brinca. Fala sério.
- Pior que to falando.
- E o moleque?
- Acho que ta bem.
Chegando na casa, Moglli nem terminou de estacionar o carro e Logan já estava descendo do carro. Ia tocar a campainha, quando Moglli o segurou.
- O que foi?
- Você morreu, lembra.
- Ai. É mesmo. Tu vai lá, vê como elas tão e se tão precisando de alguma coisa. Eu vou ficar por perto. Sei lá onde.
Moglli toca a campainha, e uma das irmãs de Gafa atende.
- Pois não.
- Oi. Eu era amigo do Gafa. Vi na TV hoje o que aconteceu.
- A, espera. Vou abrir ai.
Ela abre a porta e Moglli entra. Logan olha para os lados e não vê ninguém. Salta para o telhado. Movimenta-se agachado como um gato, sempre olhando para os lados. Sente uma presença do seu lado esquerdo. Olha, e não vê nada nem ninguém. Continua indo na direção dos fundos da casa. Algo começa a incomodá-lo. Uma sensação de que alguém está observando-o. Olhando para os lados, nota alguém olhando em sua direção, na esquina da rua. Um rapaz com um terno relativamente discreto, gravata e sapatos pretos, com um bigode curto. Assim que Logan olha, ele vira a esquina, e some de vista. Logan levanta e antes de começar a correr, sente novamente aquela presença, agora do seu lado direito. Olha, e nada. Corre na direção em que o rapaz estava, pelos telhados. Chegando na esquina, não vê ninguém. Desce para a calçada, e caminha para perto da casa do amigo. Resolve ficar do outro lado da rua, sentado na sombra de uma árvore. Depois de alguns minutos, Moglli sai da casa se despedindo de alguém que ficou para dentro e entra no carro. Logan entra também, e eles voltam para casa.
- E aí?
- O garoto ta bem, a família também. Só bem tristes né.
- Menos mal. Cara, acho que alguém me viu.
- Será que te reconheceu?
- Não sei. É estranho. Eu estava invisível.
- Tipo lá no ibira?
- Mas ou menos. Ele não devia estar me vendo ali. Quando olhei pra ele, ele foi embora. Corri atrás dele, e não vi ninguém quando cheguei na esquina.
- Estranho.
- Tem mais. Quando eu tava no telhado, senti uma presença. Alguém bem perto de mim. Duas vezes.
- Achei que era coisa minha. Também senti um arrepio lá dentro.
- Coisa estranha. Mas to meio preocupado com o cara que me viu.
- Vai ver é coisa da sua cabeça.
- É. E eu não morri de verdade e não sou um vampiro. É tudo coisa da minha cabeça.
- Vai saber. O que fazemos agora?
- Vamos pra sua casa. Não tenho nada em mente.
- Também não. Bora pra casa.
Os dois entram e sentam no sofá. Moglli liga a TV. Chuviscos. Muda de canal, e nada. Levanta, vai até a TV, meche no fio da antena. Tudo normal. Sente um arrepio. Os dois vêem uma sombra parada de pé na porta da cozinha. A sombra começa a ganhar forma e o vulto se torna uma pessoa. Um rapaz magro, alto, cabelo curto espetado, calça jeans, camiseta preta e um tênis preto. Uma pessoa um tanto sem cor e quase transparente. O rosto é conhecido dos dois.
- Gafanhoto?
- Quem mais?
- Caraca. Você morreu. Devia ter partido desse mundo já.
- Moglli, se fosse assim, eu não estaria aqui.
Gafa fica com o rosto sério e levanta o dedo indicador.
- Eu não morri.
- Velho, olha pra você.
Ele olha para seu corpo, abaixa a mão e fica pensativo.
- Por que será que você ta aqui ainda?
- Eu não sei.
- Do que você lembra?
- Eu lembro de... de... nada.
- Bom, dizem que se você está aqui, é porque tem alguma coisa para resolver.
- Mas o que Logan? Você também ta aqui, mesmo depois de morto.
- É diferente, eu fui transformado. É, é confuso mesmo.
- Já sei.
- O por que tá aqui Gafa?
- Isso é apenas um sonho.
- Não Gafa, não é um sonho.
- Então não sei.
- Será q tem alguma coisa a ver com o Gafinha?
- Quem é Gafinha?
- É seu filho Gafa. Não lembra dele?
- Não. Espera. Eu lembro.
- Mas Moglli, acho que não tem muito a ver com isso. Pode ser algo com relação ao cara que acertou ele com o carro.
- Carro?
- Depois te contamos tudo Gafa. Pode ser Logan. Parece que o cara nem preso foi.
- Então, vamos acertar as contas com ele.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Maldição Divina - 5º Capitulo

SER UM LOBISOMEM

A aranha chega perto de Logan, e começa a enrolá-lo com sua teia, dos pés a cabeça. Logan se debate, mas não consegue se soltar. A aranha começa a arrastar o corpo pela teia, e pula para o chão. Após o baque, Logan sente seu corpo ser arrastado por alguns metros e depois parar. A teia em volta do seu corpo começa a ser rasgada, pelo lado de fora, e ele vê a mendiga. Ela o ajuda a levantar, e caminha até um lago. Entra nele, e os dois caem em um lugar muito parecido com o parque. Tudo tem um tom mais acinzentado, e as arvores são muito maiores.
- Valeu por me tirar de lá.
- É a minha obrigação. Isso se vocês forem realmente quem eu penso que são.
- E quem você pensa que somos?
- Posso tirar qualquer outra duvida, menos essa.
- Seu amigo me chamou de garou. O que significa?
- Garou é a forma como nós chamamos nossa raça.
- Onde nós estamos?
- Na Umbra. É o mundo espiritual.
- O que eram aqueles monstros?
- Dançarinos da Espiral Negra. Os garou são divididos em tribos. Uma dessas tribos se corrompeu e usa esse nome.
- Seu amigo se transformou pela metade?
- Existem mais duas transformações alem de humano, lobo e lobisomem. Uma entre humano e lobisomem, outra entre lobisomem e lobo. Cada transformação tem vantagens e desvantagens. Isso você aprende com o tempo.
- Tu ainda não disse por que nos salvou.
- Vampiro, você conhece a origem de sua raça?
- Não.
- Após matar Abel, Caim recebeu uma maldição de Deus, por não querer perdão. Essa maldição é o vampirismo. Se a lenda estiver correta, e forem vocês mesmo, você é descendente direto de Caim. E você garoto, é descendente direto de Abel.
- Certo. Caim continuou vivo, segundo a bíblia, mas, Abel morreu, lembra?
- Sim. Mas ele teve filhos, antes de morrer.
- O que mais essa lenda diz?
- Já disse que não posso dizer. Vocês tem que cumprir seu destino. Agora, tenho que voltar. Minha matilha precisa de mim.
- Nós vamos ajudar também, certo Moglli?
- Claro.
Os três voltam para o Ibirapuera, e chegam no fim da batalha. Os Garou saíram vitoriosos, e deixaram muitos Dançarinos da Espiral imóveis no chão. Os poucos que sobreviveram, foram embora por onde vieram. Após verificar as baixas, e cuidar dos feridos, a mulher volta para conversar com Logan e Moglli.
- Vocês tem o nosso apoio. Mesmo você vampiro. Quando a hora chegar, estaremos ao lado de vocês.
- Valeu, mesmo não entendendo nada. Moglli, temos q voltar. Logo mais amanhece.
- Bora pra minha casa.
Os dois voltam para a casa na Vila Formosa. Tudo continua confuso, mais informações, mais duvidas. Muita coisa acontecendo em pouco tempo nessa vida sobrenatural. Chegando em casa, Logan procura por um canto, e se ajeita para passar o dia. Moglli volta para sua cama, para ter algumas horas de sono. As dez horas da manha, Moglli levanta com fome. Vai até a cozinha, abre a geladeira, e não acha nada que de vontade de comer. Macarrão, almôndegas, peixe, salada, nada o agrada. Algo chama sua atenção. Uma peça de picanha, embalada em papel filme, com manchas de sangue em alguns pontos. Ele tira da geladeira, tira o papel filme, coloca a carne em uma assadeira, e leva para fora, até a churrasqueira. Olha para a churrasqueira, e depois pra carne, senta na escada, e começa a comer a carne crua. Depois de comer, ele volta para o quarto, e deita em sua cama. Começa a pensar em tudo que vem acontecendo com ele. Um lobisomem. Uma fera descrita em muitos livros e filmes, mas, muito diferente. Mais do que um animal descontrolado em noite de lua cheia, irracional, matando tudo a sua volta. Algo em sua cabeça lhe diz que é um defensor de Gaia, a mãe terra, e que os seres humanos estão acabando com ela. Ma ele viveu por mais de vinte anos como um ser humano. Não acha justo simplesmente exterminar a raça humana da terra. Talvez alguma atitude menos drástica. Afinal, Gaia não criou os garou para exterminar nenhum ser. Foram criados para proteger Gaia e os seres vivos. Os garou são muito mais do que uma maquina de matar. Ele é mais que isso, de acordo com a lenda. Que lenda é essa? O que diz sobre ele nessa lenda? Qual seria seu destino? São duvidas que não serão respondidas agora, então, não adianta ficar pensando muito nisso. Só deixar rolar. Moglli pega o controle, e liga a TV. O noticiário comenta sobre um acidente, no bairro da Mooca. Um carro em alta velocidade, sobe na calçada, e entra em uma garagem, matando um rapaz com pouco mais de vinte anos. Ele brincava com seu filho, no momento do acidente. Na TV, aparece uma foto do rapaz. Um rosto conhecido. Angustia. Moglli desliga a TV, e resolve ir até o local do acidente. Pensa um pouco. Resolve esperar anoitecer, para Logan poder ir junto.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Maldição Divina - 4º Capitulo

PERIGO

- Chegamos.
- É aqui? No Ibirapuera?
- Mais perto de nós do que você imaginava né?
- E como fazemos pra achá-los?
- Boa pergunta. Vamos andando por ai.
- O parque já vai fechar.
- Vamos nos esconder, e ver o que rola depois que o parque fechar.
Depois que do parque fechar, eles continuam escondidos no meio de uns arbustos. Dois guardas caminham ali perto, com lanternas acesas, apontando para os cantos escuros. Os dois começam a ficar preocupados. Um dos seguranças olha para o arbusto, chama o parceiro e caminha na direção dos escondidos.
- O que foi Geraldo?
- Eu vi um par de olhos ali João.
- Eu não to vendo nada ali.
- Vamos olhar de perto.
Os seguranças caminham até o arbusto, apontando as lanternas, e com a outra mão apoiada no cassetete. Logan se concentra e encolhe um pouco mais o corpo. Ao olhar ao redor, Moglli se vê sozinho no arbusto. Tenta ficar imóvel. O nervosismo aumenta. Moglli assobia baixo.
- Sentiu esse vento gelado João?
- Até me arrepiou.
- Vamo bora daqui.
Os seguranças saem andando rápido, sem olhar pra trás. Moglli levanta, e sente uma presença do seu lado.
- Foi você que fez aquilo?
- Não sei. Acho que sim. Me deu uma vontade de assobiar. Instinto. Assobiei, e, do nada, passou essa brisa gelada.
- Da hora né?
- Hã?
- Pelo visto, lobisomens também tem poderes.
Moglli olha para Logan, e assobia novamente. Uma brisa gelada acompanha o olhar de Moglli, e passa por Logan.
- hahahahaha
- O que foi?
- Eu não sinto frio. Estou morto, lembra?
- É. Mas, pelo menos, funciona.
- E não é exatamente inútil. Fez eles irem embora.
- É. Mas, onde você estava quando eles estavam chegando perto?
- Usei um dos truques que aprendi antes de voltar pra são Paulo. Consigo me esconder em uma sombra. Fico praticamente invisível pra quem está por perto.
- Bem mais útil quem uma brisa.
- Depende do ponto de vista. Eu me escondi, e você fez eles irem embora.
- É. Ta vai. Mas, e agora?
- Eu que vou saber. Você que é o lobo. Fareja ai.
Os dois caminham pelo parque, procurando qualquer coisa que aparente ser sobrenatural.
- Moglli. É só um pressentimento, ou estamos mesmo sendo seguidos?
- To sentindo cheiro de alguém.
Um homem sai de trás de uma arvore, e da alguns passos para frente.
- Você não é bem vindo aqui, vampiro.
O homem começa a se transformar, crescendo quinze centímetros. Seus braços a mostra adquirem mais músculos, e seu rosto assume uma aparência enrugada e carrancuda. Os pelos em seu corpo tornam-se abundantes e suas unhas e dentes mais longos.
- Como Ele faz isso? Meia transformação só.
- Não sei Moglli. Acho que ele não vai explicar muita coisa agora.
Moglli tira sua jaqueta, e começa a se transformar em lobisomem.
- Eu vim em paz.
- Não existe paz entre as nossas raças.
- Meu amigo aqui precisa tirar umas duvidas.
- Um garou que anda ao lado de um agente da wyrm não merece viver.
- Chega Canino Branco.
Os três olham para a dona da voz. Uma mulher baixinha e magra, empurrando um velho carrinho de supermercado cheio de recipientes de comida vazios.
- Acompanhado por um vampiro ou não, ele veio nos procurar. Sejamos hospitaleiros.
- Mas...
- Canino Branco, volta para seu posto. Quanto a você filhote, pode voltar para sua forma humana. Ninguém aqui vai lhe causar mal.
Moglli começa a voltar para sua forma humana, e algo em sua barriga chama a atenção a mulher.
- O que é essa mancha ai na sua barriga?
- Essa? Uma operação que eu tive que fazer. Por que?
- Uma criança perdida com uma mancha na barriga, amigo de um vampiro. Será que é isso mesmo?
- Isso o que?
Canino Branco levanta suas orelhas, fareja o ar, e solta um rugido animalesco, em direção ao lago. De lá, surge um grupo de monstros, correndo em duas patas, na direção do pequeno grupo. Canino Branco solta um uivo muito agudo, emitido em uma série de rajadas estaccato. A mulher pega Moglli pelo braço, e sai correndo a direção contraria dos monstros, e Logan acompanha. Uma série de lobos correndo passa por eles, indo na direção dos monstros, alguns, já quase transformados em lobisomens. A mulher entra correndo no banheiro feminino, e aponta para o espelho.
- Vai, passa.
- Como assim? Passar onde?
- Você não sabe ir pra umbra?
- Ir pra onde?
- Segura em mim, e não solta. E você vampiro, não desgruda dele.
A mulher olha atentamente para o espelho. Sobe na pia e encosta a mão no espelho. O espelho começa a ficar como a face de um lago. Ela passa a mão, e começa a passar seu corpo. Moglli vai logo atrás, e Logan na sequência. Após passar pelo espelho, o braço de Logan escorrega de Moglli, e ele começa a cair como no espaço. Ele cai de costas em uma teia gigante, e fica com seu corpo totalmente preso. Usa toda sua força, mas não consegue se soltar. Sente um movimento vindo do seu lado direito. Olha, e vê uma aranha gigante, feita de metal, vindo em sua direção. Usa sua super força, e só consegue balançar a teia. A aranha começa a chegar perto, bem perto.

sábado, 10 de outubro de 2009

Maldição Divina - 3º Capitulo

EXPLICAÇÕES

Depois de Moglli voltar para sua forma humana, eles voltam para dentro de casa. Uma dor começa a consumir o peito dos dois, ao ver os dois corpos ensanguentados no chão da sala.
- Vamos conversar no quarto, vai ser melhor pra você Moglli. Depois eu limpo aqui pra você.
- Ta bom.
No quarto, Moglli senta na cama, e Logan fica olhando para fora, pela janela.
- Ai. Ta doendo muito isso.
- Tu tem que curar isso logo. Você já perdeu muito sangue.
- Falar é fácil.
- É sério. Tenta curar isso logo.
- Hã? Como assim?
- Eu não sei como funciona com você, mas, tenta se concentrar no ferimento, e em curar ele.
Moglli fecha os olhos, e se concentra. Logan chega mais perto, e observa o ferimento. Lentamente, os nervos e músculos vão crescendo, e fechando o buraco no ombro de Moglli. Após alguns minutos, Moglli levanta e começa a mexer seu braço direito.
- É. Pra você, demora um pouco mais.
- Como assim, pra mim?
- Você ainda não percebeu a diferença?
- Acho que não. Vai me contar o que ta acontecendo?
- Ok. Vou tentar contar tudo que aconteceu comigo.
- É bom. Porque eu fui no seu enterro, e você não deveria estar aqui.
- Eu vi você lá.
- De dentro do caixão?
- Não. Eu tava por perto.
- Tá. Do começo.
- Senta que lá vem história. Eu me lembro de ir jogar bola. Mesmo o jogo, parecia um sonho pra mim. Me lembro de uma dor forte na cabeça. Depois, uma voz apareceu na minha cabeça. Me perguntou se eu gostaria de sair dali, e viver para sempre. Eu não entendi o motivo da pergunta, mas, disse que sim.
...
Logan levantou e olhou ao redor. Entrou em desespero quando viu que estava em uma maca, coberto por um lençol branco, com uma fita amarrada no dedão do pé. Colocou a mão no peito, e nada. Respirou fundo, e colocou novamente a mão no peito. Mais desespero. Não sentia seu coração bater. Olhou novamente ao redor, e viu um homem sentado em uma cadeira, lhe observando. O homem levantou e caminhou em sua direção.
- Estranho tudo isso né?
- Quem é você?
- Logo digo quem sou eu. Primeiro, vamos concertar algumas coisas. Para os outros, você morreu, e deve continuar assim. Levante-se.
Logan se levanta, e na maca onde estava, aparece seu corpo, pálido, deitado, imóvel. Ele cai sentado ao ver seu próprio corpo ali, deitado.
- Calma, é só algo criado a partir de uma ilusão. Agora, vamos sair daqui.
Logan segue o estranho até a rua. Ambos entram em um carro, e o estranho dirige até uma casa.
- Bem vindo a minha humilde residência. Por favor, entre. Sinta-se a vontade.
- Valeu.
- Muito bem. Vou te contar algumas coisas, e ensinar outras. Preste muita atenção. Você estava morrendo naquele hospital. Eu apenas te dei uma segunda chance.
- O que você fez comigo?
- Agora você é um de nós. Um membro. Um vampiro.
- Tu ta de brincadeira né?
O estranho estava a uns cinco metros de distancia, e em uma fração de segundo, estava segurando Logan, pelo pescoço, pressionado seu corpo na parede. Da um sorriso, e mostra seus caninos pontudos, maiores do que o normal. Seus olhos vermelhos exalam perigo e desprezo.
- Você acha isso brincadeira? Você não viu nem a metade ainda garoto.
Depois de soltar Logan, o estranho volta para a poltrona que estava sentado, e Logan senta ali mesmo, no chão.
- Como você fez isso?
- Vamos por partes. Existem algumas coisas que você precisa saber. Nós, membros, respeitamos algumas regras. Você não deve nunca mostrar para um humano que vampiros existem. Eles não devem saber que estamos aqui. Isso facilita muito nossa não-vida. Você deve sumir dessa cidade. É difícil ficar por aqui, com todos achando que você está morto. Você não é apenas um morto-vivo. Nós temos alguns poderes e necessidades. A partir de hoje, você se alimenta somente de sangue, de preferência quente, e de humanos. Sangue de animais também alimenta, mas, o de humanos é o que realmente nos satisfaz. Qualquer outro alimento ou bebida, será rejeitado pelo seu corpo. Quanto aos poderes, eu lhe ensinarei alguns. Normalmente, vampiros são mais fortes do que humanos. Você vai ter uma força a mais que os vampiros. Esse é um dos poderes. Além da super força, super velocidade. Essa é uma combinação perfeita. O terceiro poder é algo extremamente útil. Você deixa as pessoas ao seu redor fascinadas por você. Respeito universal, devoção, medo, e muitas outras emoções. Só depende de você.
...
- Depois disso tudo, eu sai por ai, aprendendo mais coisas. Cheguei a ir até os Estados Unidos, conheci outros tipos de vampiros lá, mas, não consegui ficar longe daqui. Voltei faz dois dias. Eu estava vindo olhar como estavam as coisas por aqui, quando escutei um grito. Eu tava um pouco longe, mas, corri o mais rápido que pude, e cheguei quando pegaram você. O resto, você já sabe.
- Por que não me avisou que estava vivo?
- Porque não estou.
- Você entendeu a pergunta.
- Eu não pretendia voltar pra São Paulo. Acontece que pesquisei sobre as coisas que você me contou. Seus sonhos, etc.
- E aí?
- Tu ainda não percebeu?
- Não.
- Você é um lobisomem.
- O que mais você sabe sobre isso?
- Não muito. Sei de um lugar onde você pode descobrir mais sobre. Um lugar onde se encontram alguns lobisomens.
- Então, o que estamos esperando?

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Maldição Divina - 2º Capitulo

O ACIDENTE

No meio do jogo, um pequeno acidente acontece. Logan, correndo pela lateral da quadra, recebe uma trombada de um adversário, se desequilibra e cai. Antes de chegar ao chão, bate violentamente a cabeça na parede, e cai desmaiado. Todos correm e ficam em volta de Logan. Desespero. Alguém chama uma ambulância. Minutos depois, a ambulância chega, faz os primeiros socorros, e leva Logan para o hospital. Moglli vai junto na ambulância.
No hospital, levam Logan direto para dentro, enquanto Moglli fica aguardando na sala de espera. Os médicos fazem de tudo mas, Logan entra em coma, e fica cada vez mais difícil salva-lo. Eles deixam Logan na UTI, e saem de lá.
Um homem entra na UTI, sem ser notado, observa os pacientes. Ele parece se interessar por Logan. Caminha até ele, e sussurra algo em seu ouvido. O enfermo balança levemente a cabeça, como se dissesse sim, e o estranho parece beijar o pescoço dele. Logan se contorce um pouco, e os aparelhos começam a apitar. O estranho para com seu beijo, limpa a sujeira no pescoço do enfermo, faz um pequeno corte em sua própria mão, e leva o corte até a boca do enfermo. O estranho limpa a sujeira da boca do enfermo. Os aparelhos continuam apitando. Os médicos chegam, e nem notam o estranho saindo pela mesma porta q eles entraram. Correria. Desfibrilador no peito. Uma, duas, três tentativas. Nada funciona. Um médico faz o sinal da cruz. Outro, apenas cobre o corpo com um lençol. Hora de falecimento, meia noite e quarenta e sete.
Moglli, na sala de espera, aguarda noticias. Um médico aparece.
- O acompanhante do Daniel, está aqui?
- Sou eu.
- Pode me acompanhar?
- Ele tá bem?
- Me acompanhe até minha sala.
Chegando na sala numero dois, médico e Moglli sentam. O médico olha demoradamente para a pessoa em sua sala. Com a demora pela noticia, Moglli resolve perguntar.
- Como ele tá?
- Você pode chamar algum parente do Daniel?
- Posso, mas, como ele está?
- Gostaria de dar a informação primeiro para um parente.

Após o velório, Moglli volta para casa, e resolve deitar um pouco. Os dias vão se arrastando, com o peso da morte de seu amigo. Teve mais algumas noites de pesadelos e acordou algumas vezes na rua. Nada disso fazia sentido. Começou a sentir algumas mudanças de comportamento e de humor. Nada muito relevante, mesmo para quem prestasse atenção. Mudanças sutis, mas, perceptíveis para ele.
Uma semana depois do acidente na quadra, o jogo foi cancelado, e, todos ficaram em suas casas. Moglli estava deitado em sua cama, pensando em tudo que aconteceu nessa ultima semana, quando escutou sua cachorra, Pandora, um labrador “chocolate”, latindo freneticamente. Estranhou. Escutou um grito desesperado de sua mãe. Correu para a sala, e viu algo assustador. Seus pais com grandes cortes nos pescoços, sangue espalhado pela sala, e três monstros. Grandes, com focinho, orelhas de morcego, pelos negros cobrindo algumas partes do corpo, pele azul escuro, quase preto, com suas orelhas pontudas raspando no teto, e um sorriso na cara.
- NÃÃÃÃÃOOOOOO!!!
- Tudo bem Moglli. Você não vai mais precisar cuidar de ninguém.
Moglli corre para fora, e começa a correr na rua. Os três monstros o alcançam. Um deles agarra as pernas de Moglli, e o levanta, de cabeça para baixo.
- Você vem conosco garoto.
Um carro voa, e acerta um dos monstros em cheio, e, pega em outro de raspão. O terceiro olha, e vê um vulto indo em sua direção. Ele larga o garoto, e acerta um potente soco no vulto, jogando-o longe. Moglli levanta, e olha para seu salvador. Ele se espanta ao ver um moicano na cabeça da pessoa caída no chão. A pessoa levanta. Moglli grita.
- LOGAN????
O carro é arremessado novamente, mas, dessa vez, vai na direção de Logan, que tenta desviar, mas, não consegue. Moglli grita de ódio, e, involuntariamente, começa a se transformar. Seu corpo chega a três metros de altura, ganha pelos por todo o corpo. Pelos marrons, com manchas acinzentadas. Ombros largos e mandíbulas curtas, mas, afiadas.
Moglli pula na direção do monstro que estava lhe segurando, e rasga seu rosto, com suas unhas afiadas. Corre na direção do segundo, mas, este já não estava mais surpreso, e consegue esquivar. Moglli da sucessivos socos, mas, todos no ar. O terceiro monstro surge atrás, e da uma mordida, arrancando um pedaço do ombro de Moglli, que cai no chão, urrando de dor. Logan se levanta, corre até o monstro cheio de sangue na boca, pega sua perna, e arremessa, e este bate na parede, e cai, desmaiado. O ultimo monstro corre, com o rabo entre as pernas, e, rogando pragas para os dois.
Logan caminha até o monstro que está desmaiado, ajoelha, e, morde o braço da fera. Depois, caminha até Moglli, e examina seu ombro.
- Foi feia a coisa aqui. Tem que recuperar isso logo, antes que piore.
- Quem é você?
- A Xuxa.
- Ai.
- É, deve doer mesmo. Vamos para dentro.
- Você não morreu?
- De certa forma, sim, morri.
- E como ta aqui agora?
- É uma longa história. Vamos para dentro, depois q você melhorar, te conto tudo.

Explicações

Ainda não entendi bem a critica feita no post anterior...

eu errei dizendo q seria um conto... eh uma historia, com sei lah qts capitulos... oq não contei nesse capitulo, foi pra deixar o suspense...

qt algumas palavras como "tá", q utilizei nas falas dos personagens, eu quis deixar algo mais usual, como as pessoas costumam falar...

o próximo capitulo explica algumas coisas, e cria mais duvidas...

espero q estejam gostando...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

capitulo um

Bom, uns dias atras, eu tive a ideia de escrever um conto, com meus amigos como personagens... andei meio ocupado ,mas hj,finalmente tive tempo, e, comecei a escrever... ainda não tenho um nome para a cronica, gostaria de sugestoes... xD

vou fazer pelo menos tres capitulo por semana... segunda, quarta e sexta...

hj eh quinta, posto o 1º capitulo, e, amanha, sexta, o segundo...

c der, eu posto mais em outros dias da semana... ^^

ai vai... espero q gostem...


DESCOBERTAS


“Correndo pela floresta sombria
Correndo,
correndo,
correndo
De onde você vem?
Para onde você vai?
Correndo,
correndo,
correndo
Um coração não conhece
A dor q guarda
Um sonho não revela
A verdade q esconde
Até q o sonhador...
...Acorde”

Fábio, mais conhecido como Moglli, é um rapaz moreno, de 25 anos, 1,76 de altura, braços fortes.
Moglli acorda assustado, e com um pouco de frio. Sentado, olha ao redor, e nota q não está em sua cama. Parece conhecer esse lugar. Como foi parar ali? Se lembra de deitar em sua cama para dormir, depois de assistir mais um capitulo de “Supernatural”. Como chegou até o cemitério? Suas roupas, por que estão rasgadas? Muitas dúvidas em sua cabeça, ainda mais quando começa a se lembrar do pesadelo.
Moglli levanta, e começa a caminhar de volta para casa. Chegando no portão do cemitério, o encontra fechado, com uma corrente. Pular o muro não é uma opção, é muito alto. Caminha até o portão, se fosse mais magro, até passaria na brecha deixada pela corrente. Não custa tentar. Ele puxa um portão e empurra o outro, Começa a tentar passar. Se conseguisse abrir mais um pouco, conseguiria passar. Faz um pouco mais de força, escuta um barulho, e cai sentado. O portão aberto, a corrente estourada. Provavelmente a corrente devia estar velha e enferrujada. Mais confuso ainda, caminha em direção a sua casa.
Chegando na frente de casa, mais uma coisa estranha. Procura nos bolsos, e, nada de achar a chave. Deve ter perdido no caminho.
Horas mais tarde, Moglli levanta em sua cama, com o Sol alto no céu, e resolve ligar para um amigo.
- Alô?
- tudo, e você?
- De boa também. Fala.
- Tá ocupado?
- Indo fazer a prova da facu, por que?
- Aconteceram umas coisas estranhas ontem.
- Tipo?
- Depois te conto.
- Vai jogar bola hoje?
- vou sim. Você vai?
- Demorou. Passa antes aqui ,ai tu me conta.
- Beleza.
- Até depois então.
- Falou. Boa prova.
-Valeu.
Ocupar a cabeça com outras coisas, geralmente é o melhor a se fazer. Não que tenha dado certo, mas, cuidar dos trabalhos de publicidade foi algo que fez o tempo passar. Sete da noite. Moglli liga para seu amigo, e marca de passar na casa dele sete e meia. Meia hora de conversa deve ajudar em algo.
Chegando na casa de Logan, Moglli buzina, como de costume. Logan se despede dos seus pais e sai com uma mochila nas costas.
Logan tem 1,80 de altura, 24 anos, magro, cabelo estilo moicano.
- Vamos pra quadra já?
- Vamos sim.
- Ok. Agora, conta aí o que aconteceu.
- Eu assisti “supernatural” ontem antes de dormir.
- Normal. No mínimo, teve um pesadelo. Acertei?
- Uma parte, sim. Sonhei que estava correndo em uma floresta, junto comigo tinha um monte de lobos. Estávamos correndo atrás de uma aranha gigante. Encurralamos ela, e, do nada, os lobos ficaram em duas patas, e começaram a se transformar. Eu também me transformei. Um bando de lobisomens atacando uma aranha gigante. No meio da luta, eu acordei.
- E o que tem de estranho nisso?
- Eu acordei no meio do cemitério da vila formosa, com as roupas rasgadas.
- Eita. Tem certeza disso?
- Minhas roupas tão ai no banco de trás.
- Caraca. Certeza que tu não rasgou em casa?
- Absoluta. Tem mais ainda.
- Mais?
- É. Eu fui andando até o portão, e ele tava trancado. Fui tentar passar pelo espaço que a corrente deixou, e, do nada, arrebentei a corrente.
- Resultado da musculação.
- É sério. Ainda não acabou. Voltei pra casa, não achei as chaves. Não quis tocar, pra não acordar meus pais, e eu não saberia explicar o que aconteceu.
- E aí?
- Subi no portão, fui pelo telhado, subi na laje, e desci a escada. A Pandora tava na escada, pedi, e ela obedeceu não fazendo barulho. Ia ficar ali fora, mas, resolvi abrir a porta da cozinha. Ela deveria estar trancada. Fui deitar, pensando nisso tudo, e, assim q acordei, te liguei.
- Sei lá. Ainda acho q foi tudo o pesadelo, e, tu rasgou essas roupas em casa.
- Tenho certeza que isso tudo aconteceu mesmo.
- Enfim, chegamos. Vamos jogar.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

ser... estar...

Música... algo q tem me feito um bem enorme...

nesses ultimos meses, ta dando uma alegria enorme pra mim...

ensaiar, sozinho ou com alguma banda... tocar... subir no palco... ver as pessoas c divertindo com oq estou fazendo...

isso me faz bem... ^^

e eh isso q quero pra mim...

sabado, no show do TM, aconteceu algo comico... novo pra mim, e sei q vai acontcer mais vezes...

depois do show, eu estava perto do Will... queria falar com ele... ver sobre ensaios, etc... tava encostado na parede... as meninas nem ligavam pra mim ali... parecia q eu não existia... não vi pq, ele apontou pra mim, e disse pra elas q eu era baixista da banda dele... do nda, ficou moh muvuca em volta de mim... dando oi, puxando assunto, tirando fotos...

eu ri mt... =P

bom, to esperando o CD com as musicas, pra poder tirar, e fazer o teste na outra banda...

fiz inscrição na FAAM, pra musica... semana q vem eh a prova geral... ^^

acho q eh soh... xD

bjs e abraços

domingo, 6 de setembro de 2009

faz um tempo q não escrevo aqui...

não eh por falta de palavras... mas por vontade de dizer...

tenho mt a dizer, mas, sei lah...

td tem seu momento pra ser dito...

enfim...

o show foi mt PHODDA...

amei meus amigos lah...

agora, resta esperar pelo proximo show... ^^

bjs e abraços

terça-feira, 25 de agosto de 2009

as coisas estão indo mt bem...

sinto falta de alguem... mas, c ela não me quer, não vou mais insistir...

domingo fui pra paranapiacaba... lugar mt bom, com pessoas adoraveis...
me fez mt bem...
ter meus amigos por perto sempre faz bem... mas, domingo, fomos pra um lugar tão longe... sei lah... ^^

quarta, quinta e sexta, ensaio... sabado, não sei como vai ser...

ansioso demais... ^^

bjs e abraços

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Bom dia...

terça e ontem, teve ensaio...

terça foi bom, o guitarra veio...

ontem, a Me e o Marcelo vieram tb... mas o Will eskeceu do guitarrista... ¬¬'

a Me eh gente boa, mas, praticamente me ignorou... ¬¬²

hj de manha eu devia ter ido na receita federal... mas, fiquei com preguiça... u.u'

o show eh domingo q vem... tah chegando...

sem mais oq falar...

bjs e abraços

domingo, 16 de agosto de 2009

dificil postar td dia... u.u'

enfim...

continuo caminhando... morrendo de vontade de correr atras... dizer o qt eu amo... o qt sinto falta... e q quero ficar junto pra sempre... mas, sei lah... ir atras e me ferrar soh tem me deixado mal... ultimamente, a maioria das vezes q tento fazer alguma coisa legal, erro, e me ferro... vou poupar as palavras, jah q ninguem vem aqui mesmo...

terça tem ensaio, e vai ser legal... vai ser bom pra mim...


bjs e abraços

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

quinta vazia

hj, teve ensaio... foi mt legal... curti mesmo...

foi meio incompleto... mas, foi bom...

eu, Will e o batera... e com os samples...

de noite, joguei RPG... saudade de jogar com o Zé... mas, joguei bem light, pq o mestre eh novato, e os outros personagens tb... ^^



não falar sobre, não quer dizer q não sinto falta, ou não penso... apenas tenho tentado evitar tocar no assunto... sem conseguir, jah q to falando dela... ¬¬'

não sei oq vou fazer, não consigo pensar direito sobre isso... se exatamente oq eu quero... mas, querer não eh poder...


apesar do ensaio e do RPG, foi uma quinta feira vazia, sem vc...

enfim...

bjs e abraços

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

to tentando postar aqui td dia... mas, as vezes não da... u.u'

ontem, pra variar, passei o dia em casa, na frente do PC...

era pra ter ensaio, mas, o batera não pode vir ontem, e ninguem consegue falar com o guitarrista... ¬¬'

não sei qd começaremos os ensaios...

estou ancioso pro show... faltam menos de 3 semanas... na verdade, eh mt tempo... mas, enfim...

conversar com algumas pessoas me faz melhor... mesmo q soh me falem besteiras... =P

e tamo ae... levando a vida... soh não pode ficar parado, então... ^^

bjs e abraços

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

aceitar o inaceitavel

eh foda ter q ficar longe de quem amo...

dificil aceitar q não poderei mais abraçar, beijar...

mais dificil ainda saber q eh por minha culpa q isso tah acontecendo... não soh minha, mas, enfim...

eu, q sempre pensei em td... sempre tentei fazer as coisas certas, tentei nunca errar, ser a pessoa perfeita... no começo, acho q eu até consegui... mas, tive problemas no trabalho, em casa, na banda... coisas q me deixaram estressado... acabei descontando nela... sempre fui paciente, e tentei fazer as vontades dela...

foram 6 meses correndo atras... 6 meses tentando ser a pessoa ideal pra ela... foram 2 meses de namoro... nesses 2 meses, 1, sei q fui um bom namorado... mas, no ultimo mes, cometi alguns erros... erros bestas... oq fez ela c afastar de mim, e eu cometer um erro sério... eu estive do lado dela em tds os momentos q ela precisou, e qd não precisou tb... nesses 7 meses, estive sempre do lado dela... nos melhores e nos piores momentos... mas, infelismente, oq conta, eh o 1 mes q eu errei... tenho plena conciencia q foi um erro grave... mas, porra, 7 meses do lado dela, pra TUDO... dando meu amor, meu apoio pra ela SEMPRE... mas, como sempre, oq conta são os erros... eu não sou perfeito... sou humano... as vezes tento acertar, e acabo errando...

enfim, chega, q minha irmã quer durmir...

bjs e abraços...

domingo, 9 de agosto de 2009

Em busca ca batida perfeita

eu achei a batida perfeita... passou por mim, e c foi...

faço td pra conseguir de volta, e ela diz q não penso nela... c penso, dou risada... ¬¬'

uma musica minha... talvez a próxima a ensaiar com Vô Maltine... não sei... to desanimado com essa banda... =/

SONHOS

OH! MEU AMOR
SONHOS E ILUSÕES
CÉUS CHEIOS DE ESTRELAS
A BRILHAR NO FIRMAMENTO

ESTRELAS QUE ME GUIARAM
A TE ENCONTRAR UM DIA
MINHA VIDA SE ILUMINOU
E O AMOR ACONTECEU

TANTA COISA SE PASSOU
TANTOS SONHOS VIVEMOS
ILUSÃO DE ADOLECENTES
TANTAS JURAS QUE FIZEMOS

HOJE NÃO SEI ONDE ESTÁS
E VIVO SOZINHO A SOFRER
SE O FUTURO MUDASSE
QUERIA AO PASSADO VOLTAR

MAS ISTO NÃO É POSSÍVEL
DEVO MEU CAMINHO SEGUIR
E AQUI TRISTE E SOFRIDO
SINTO MINHA ALMA SUMIR

SE SONHOS E ILUSÕES
É SEMPRE TÃO FACIL VIVER
E QUANDO VEM A REALIDADE
NÓS SÓ FAZEMOS SOFRER


bjs e abraços

sábado, 8 de agosto de 2009

ontem eu tive um pensamento feliz... li algo q me fez bem... hj de manha, tive confirmação q era de mim... ^^

ontem, conversei com uma galera pelo skype... foi legal... fazia tempo q eu não usava ele... u.u'

pelo q td indica, semana q vem começamos a ensaiar... isso eh bom... mt bom...

nda de novo pra contar...


bom, hj tem RPG aqui, e não preparei a aventura...

acho q eh soh...

bjs e abraços

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

nos ultimos tempos, me sinto como em uma novela...

brigando por um sonho, ser musico... lutando pra conseguir realmente isso...

tipo, tive o grande amor da minha vida... brigamos... estamos separados... td vez q as coisas estão boas, e estamos quase juntos de novo, acontece algo, e voltamos a 2º frase desse paragrafo...

espero realmente por um final feliz... e q seja ao lado dela...




com relação a banda, bom, tirando as musicas... faltam 3...

ensaios ainda não foram marcados... ¬¬'



"Chega de imaginar principes encantados
todos nós temos defeitos, e o casal perfeito
foi criado com base nas imperfeições
para fazer crianças dormir, para esquecer da realidade que vivemos"

"E o mundo não são só seus rancores
as dores não são só suas,
Sentimentos egoistas não lhe deixam enxergar."



e eu continuo aqui... caminhando...


bjs e abraços

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

show dia 30/08

pra começar aqui, nda melhor do q um spam... u.u'

dia 30/08, minha estreia na banda pindorama...

Willians Marques, percussionista do Teatro Mágico, vira vocalista em seu projeto paralelo, Pindorama...

dia 30/08, as 19hrs, no Aramaçan em Santo André, R$12,00 meia entrada...

mais detalhes, no flyer...

*editando*

pra quem não conhece, tem ai as músicas... ^^

http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?idp=1207635


bjs e abraços