sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Maldição Divina - 6º Capitulo

ASSUNTOS INACABADOS

- Acorda ai.
- Hã?
- Vai me dizer q dormiu o dia todo também.
- Nossa, acho que cochilei.
- Fez o que de dia?
- Deu uma fome. Você não vai acreditar o que eu comi.
- Ultimamente, tenho acreditado em tudo.
- Sem graça. Abri a geladeira, e tinha muita coisa. Nada que me desse vontade de comer. Vi um pedaço de picanha, que era pro churras do fim de semana, e me deu uma vontade de comer. Tava indo pra churrasqueira, e sei lá, sentei na escada, e comi a carne crua mesmo.
- Eita. Então não sou o único com gosto estranho pra comida. Se bem que, não é tão estranho. Já era de se esperar. Um vampiro, sangue. Um Lobisomem, carne crua.
- É. Nem tinha pensando nisso. Putz, vem comigo.
- Ok. Pra onde?
- No caminho te explico.
Os dois saem de casa, e entram no carro de Moglli. Um golzinho verde escuro. Moglli dirige até a Mooca, e explica para Logan o que aconteceu.
- Eu tava vendo TV hoje, e falou sobre um acidente na Mooca.
- Ai caraca.
- Um cara devia estar chapado, correndo com o carro, perdeu o controle, e entrou na garagem de uma casa. O Gafa tava brincando com o Gafinha. O Carro acertou em cheio o Gafa.
- E como ele ta?
- Mais gelado que você.
- Não brinca. Fala sério.
- Pior que to falando.
- E o moleque?
- Acho que ta bem.
Chegando na casa, Moglli nem terminou de estacionar o carro e Logan já estava descendo do carro. Ia tocar a campainha, quando Moglli o segurou.
- O que foi?
- Você morreu, lembra.
- Ai. É mesmo. Tu vai lá, vê como elas tão e se tão precisando de alguma coisa. Eu vou ficar por perto. Sei lá onde.
Moglli toca a campainha, e uma das irmãs de Gafa atende.
- Pois não.
- Oi. Eu era amigo do Gafa. Vi na TV hoje o que aconteceu.
- A, espera. Vou abrir ai.
Ela abre a porta e Moglli entra. Logan olha para os lados e não vê ninguém. Salta para o telhado. Movimenta-se agachado como um gato, sempre olhando para os lados. Sente uma presença do seu lado esquerdo. Olha, e não vê nada nem ninguém. Continua indo na direção dos fundos da casa. Algo começa a incomodá-lo. Uma sensação de que alguém está observando-o. Olhando para os lados, nota alguém olhando em sua direção, na esquina da rua. Um rapaz com um terno relativamente discreto, gravata e sapatos pretos, com um bigode curto. Assim que Logan olha, ele vira a esquina, e some de vista. Logan levanta e antes de começar a correr, sente novamente aquela presença, agora do seu lado direito. Olha, e nada. Corre na direção em que o rapaz estava, pelos telhados. Chegando na esquina, não vê ninguém. Desce para a calçada, e caminha para perto da casa do amigo. Resolve ficar do outro lado da rua, sentado na sombra de uma árvore. Depois de alguns minutos, Moglli sai da casa se despedindo de alguém que ficou para dentro e entra no carro. Logan entra também, e eles voltam para casa.
- E aí?
- O garoto ta bem, a família também. Só bem tristes né.
- Menos mal. Cara, acho que alguém me viu.
- Será que te reconheceu?
- Não sei. É estranho. Eu estava invisível.
- Tipo lá no ibira?
- Mas ou menos. Ele não devia estar me vendo ali. Quando olhei pra ele, ele foi embora. Corri atrás dele, e não vi ninguém quando cheguei na esquina.
- Estranho.
- Tem mais. Quando eu tava no telhado, senti uma presença. Alguém bem perto de mim. Duas vezes.
- Achei que era coisa minha. Também senti um arrepio lá dentro.
- Coisa estranha. Mas to meio preocupado com o cara que me viu.
- Vai ver é coisa da sua cabeça.
- É. E eu não morri de verdade e não sou um vampiro. É tudo coisa da minha cabeça.
- Vai saber. O que fazemos agora?
- Vamos pra sua casa. Não tenho nada em mente.
- Também não. Bora pra casa.
Os dois entram e sentam no sofá. Moglli liga a TV. Chuviscos. Muda de canal, e nada. Levanta, vai até a TV, meche no fio da antena. Tudo normal. Sente um arrepio. Os dois vêem uma sombra parada de pé na porta da cozinha. A sombra começa a ganhar forma e o vulto se torna uma pessoa. Um rapaz magro, alto, cabelo curto espetado, calça jeans, camiseta preta e um tênis preto. Uma pessoa um tanto sem cor e quase transparente. O rosto é conhecido dos dois.
- Gafanhoto?
- Quem mais?
- Caraca. Você morreu. Devia ter partido desse mundo já.
- Moglli, se fosse assim, eu não estaria aqui.
Gafa fica com o rosto sério e levanta o dedo indicador.
- Eu não morri.
- Velho, olha pra você.
Ele olha para seu corpo, abaixa a mão e fica pensativo.
- Por que será que você ta aqui ainda?
- Eu não sei.
- Do que você lembra?
- Eu lembro de... de... nada.
- Bom, dizem que se você está aqui, é porque tem alguma coisa para resolver.
- Mas o que Logan? Você também ta aqui, mesmo depois de morto.
- É diferente, eu fui transformado. É, é confuso mesmo.
- Já sei.
- O por que tá aqui Gafa?
- Isso é apenas um sonho.
- Não Gafa, não é um sonho.
- Então não sei.
- Será q tem alguma coisa a ver com o Gafinha?
- Quem é Gafinha?
- É seu filho Gafa. Não lembra dele?
- Não. Espera. Eu lembro.
- Mas Moglli, acho que não tem muito a ver com isso. Pode ser algo com relação ao cara que acertou ele com o carro.
- Carro?
- Depois te contamos tudo Gafa. Pode ser Logan. Parece que o cara nem preso foi.
- Então, vamos acertar as contas com ele.

6 comentários:

  1. assunto inacabado?
    lembranças esquecidas?
    sobra tanta falta?

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  2. É o Trio de justiceiros mais exótico do Mundo! rs

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  3. Pois eh!Um vampiro,um libisomem e um fantasma?Logan q imaginação
    haha ta d+
    Esperando o proximo
    Abraço,
    Bruno

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  4. Apesar de não ser muito ligado à histórias assim, tá interessante.

    Forma meio peculiar de escrever, às vezes lo ma as ideias estão boas.

    =D

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  5. Depois de um certo atraso, mas vim ler =D ! ta ficando melhor ainda *-*...!

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